terça-feira, 27 de março de 2018

Roma localiza-se na região central da península Itálica, às margens do rio Tibre. Entrando pelo mar Mediterrâneo, a península Itálica situa-se entre a península Balcânica, à direita, e a península Ibérica, à esquerda. Apresenta a costa leste banhada pelo mar Andriático e costa oeste banhada pelo mar Tirreno. Ao sul, localiza-se o mar Jônio. O relevo da península Itálica é constituído ao norte pela cordilheira dos Alpes, cuja altitude vai diminuindo em direção ao sul, até a planície do rio Pó. Daí até o extremo sul, na direção norte-sul, estende-se a região montanhosa dos Apeninos, que separa as duas planícies litorâneas paralelas. Toda essa região, extremamente fértil, sempre permitiu à população local, principalmente das planícies, produzir em seu próprio alimento. Essa era uma condição indispensável para a sobrevivência dos povos que habitavam o território, pois as montanhas de um lado e o mar de outro provocavam um relativo isolamento de toda a Itália. Entre os primitivos habitantes da península Itálica encontravam-se, ao norte, os ligures e ao sul, os sículos (ou sicilianos). A partir de 2000 a.C., povos indo europeus, aparentados com os arianos gregos, deslocaram-se para o centro e para o sul da península. Esses povos conhecidos como italiotas ou itálicos, formavam vários núcleos de povoação: latinos, samnitas, úmbrios, volscos e sabinos. Os latinos fixaram-se na planície do Lácio, às margens do rio Tibre, onde praticavam a agricultura e o pastoreio. Viviam em comunidades primitivas, tendo como chefe o mais velho do grupo: o pater-família.
Na época da colonização pelos latinos, Roma era nada mais que um forte militar, construído para evitar a invasão de povos vizinhos. A partir do século VIII a.C., enquanto o nível de vida das tribos italiotas era ainda muito rudimentar, os gregos que começaram a colonizar o sul já apresentavam notável desenvolvimento econômico e cultural. Nessa mesma época chegaram também os etruscos, vindos provavelmente da Ásia Menor, que ocupavam a planície a oeste do Tibre. Distribuídos em doze cidades, os etruscos formavam uma confederação. A partir de sua área de ocupação inicial, estenderam seus domínios para o sul, até chegar às planícies do Lácio e de Campânia. Ao norte, expandiram-se em direção ao vale do Pó. Ao sul chegaram a competir com os gregos, principalmente depois de se aliarem aos fenícios de Cartago. Ocupando toda região do Lácio, os etruscos conseguiram dar à cidade de Roma uma nova estrutura. Empregaram novas técnicas, desconhecidas pelos latinos, e fizeram da agricultura a atividade econômica predominante. Desenvolveram também atividades tipicamente urbanas como o comércio e o artesanato, contribuindo para a transformação da aldeia em cidade. As mudanças econômicas ocorridas em Roma conduziram a transformações na organização social. Com o surgimento da propriedade privada, a comunidade primitiva teve fim e as famílias ligadas ao páter-família apropriaram-se das melhores terras, formando uma aristocracia de patrícios (palavra cujo significado se aproxima de “pai”, ou pater em latim). Constituindo a camada social dominante, os patrícios eram denominados gentes por estarem agrupados numa única unidade básica, o gens ou clã Os membros de gens reuniam-se em torno do mesmo chefe e cultuavam o mesmo antepassado. Essa unidade compreendia os parentes pobres ou clientes e os patrícios agrupavam-se em associações religiosas chamadas cúrias. Todos os que não pertenciam ao gens eram considerados plebeus. Em geral a camada dos plebeus era formada por estrangeiros, comerciantes , artesãos e pequenos proprietários de terras pouco férteis. Os plebeus que conseguiram enriquecer, podiam reivindicar a condição de clientes, desde que se colocassem sob a proteção legal de uma família patrícia. Em troca, prestavam determinados serviços e adotavam o mesmo culto religioso da família. Desse modo, conseguiram assegurar seu direito à propriedade perante as leis romanas. Tais plebeus que enriquecidos compunhas a clientela que, dependendo da família patrícia, poderia tornar-se hereditária.

Havia, ainda, os escravos que, em pequeno número, limitavam-se aos serviços domésticos ou a atender as necessidades pessoais dos patrícios. O período da monarquia Durante o século VI a.C., o regime de governo era monárquico e o poder real apresentava caráter divino. O rei acumulava a chefia militar, administrativa, jurídica e religiosa. Era eleito pelo Senado e governava durante toda vida. Para governar, apoiava-se em duas instituições: O Senado, um conselho de anciãos composto pelos patrícios mais importantes, e a Assembléia Curiativa, que reunia todos os patrícios adultos, membros das trinta cúrias romanas. Os patrícios estavam divididos em três tribos e estas em dez cúrias. Cada tribo contribuía para defesa do Estado com cem cavaleiros e dez centúrias (unidade básica do exército romano). A eleição do rei envolvia um complexo sistema, onde cabia ao Senado selecionar um membro de cada tribo e à Assembléia Curiata escolher um entre os três selecionados para o cargo. A partir de 625 a.C., Roma passou a ser governada por reis etruscos. O último deles, Tarquínio, o Soberbo, foi deposto e expulso da cidade em 509 a.C., Tarquínio teria se aproximado das classes mais baixas da sociedade, provocando a ira do patriciado. Mas o império etrusco já estava em decadência, principalmente pelos constantes ataques dos gauleses e da forte presença dos gregos na Sicília. O nascimento da República romana foi uma reação dos patrícios, que procuravam reaver o poder político perdido para os reis etruscos. A República Romana A substituição da Monarquia pela República foi um ato reacionário dos patrícios, que afastaram a realeza, cada vez mais comprometida com as classes empobrecidas. O monopólio do poder voltou às mãos dos patrícios, com as instituições romanas assegurando a manutenção desse poder. Plebeus e escravos continuaram sem direitos políticos, mas alguns plebeus, enriquecidos com o comércio, chegaram a Ter certos privilégios resultantes de sua condição de clientes. Entretanto, dependiam inteiramente dos benefícios concedidos pelos patrícios.

A base da República romana era o Senado, formado por trezentos patrícios, com a responsabilidade de propor leis. Os cargos eram vitalícios, abrigando outras funções: garantir a integridade da tradição e da religião, supervisionar as finanças públicas, conduzir a política externa e administrar as províncias. A presidência do Senado era exercida por magistrado, que o convocava, podendo ser um cônsul, um pretor ou tribuno. Existiam duas assembléias encarregadas de votar as leis sugeridas pelo Senado. A Assembléia Curiata, que perdeu quase toda sua importância durante a República, e a Assembléia Centuriata, formada pelas centúrias (divisões políticas e militares compostas de cem cidadãos), a quem cabia de fato discutir e votar as propostas. O poder executivo era exercido pelos magistrado, pertencentes na maioria das vezes à classe dos patrícios. Com exceção do censor, todos os magistrados eram eleitos pela Assembléia Centuriata para um mandato de um ano. Coletivas, as magistraturas exigiam a presença de dois ou mais magistrados para cada cargo. Os magistrados eram os seguintes: Cônsules: Detinham o maior poder, equivalente ao dos antigos reis. Eram dois eleitos para o período de um ano. Tinham como atribuições comandar o Exército, convocar o Senado e presidir os cultos. Nos períodos de crise, indicavam um ditador, que exercia o poder de forma absoluta durante o período máximo de seis meses. Pretores: Ministravam a justiça, existindo dois: uma para as cidades, chamado de urbano, e outro para o campo e para estrangeiros, chamado de peregrino. Censores: Sua função era fazer o recenseamento dos cidadãos. Calculavam o nível de riqueza de cada um e vigiavam a conduta moral do povo. Questores: Encarregados de administrar as finanças públicas. Tribunos da plebe Surgiram em decorrência das lutas da plebe por seus direitos. Os Tribunos podiam vetar todas as leis contrárias aos interesses dos plebeus, menos em época de guerras ou graves perturbações sociais, quando todas as leis ficavam sob controle exclusivo do ditador. Os tribunos da plebe eram considerados invioláveis em quem os agredisse era condenado à morte. As lutas de classe na República A marginalização política da plebe vinha desde os tempos da Monarquia continuando até a República. Como conseqüência, os plebeus sofriam sérias discriminações. Nas guerras, ficavam com os piores despojos; quando se endividavam e não podiam pagar suas dívidas, tornavam-se escravos. Nessa época, as leis não eram escritas, mas orais, baseadas na tradição, o que concedia grandes privilégios ao patriciado devido à sua complexa interpretação. O monopólio do poder pelos patrícios (que controlavam o Senado, a Assembléia Centuriata e as principais magistraturas), impedindo que os plebeus fossem nomeados cônsules ou censores, levou a sucessivas revoltas. Na primeira delas, ocorrida em 494 a.C., os plebeus de Roma realizaram a primeira greve da história. Retirando-se para o Monte Sagrado, ameaçaram formar ali uma nova república, deixando a cidade totalmente desprotegida e à mercê de possíveis invasores. Os patrícios foram obrigados a ceder, criando-se então os Tribuno da Plebe, cargo exercido exclusivamente por plebeus para defender os interesses de classe. Como os tribunos eram eleitos pelas Assembléias Centuriatas, onde os patrícios tinham maioria absoluta de votos, a ação dos Tribunos da Plebe ficou bastante limitada. Por isso os plebeus continuaram a lutar e, em 471 a.C., foi criada a Assembléia da Plebe, composta exclusivamente por membros das camadas inferiores para escolher seus próprios tribunos. Como não havia nenhuma legislação escrita que garantisse os direitos dos plebeus, estes novamente se revoltaram em 450 a.C., Desta vez, o resultado da revolta foi a criação dos decênviros com a finalidade de redigir novas leis que, prontas, receberam o nome de Lies das Doze Tábuas: Mas, quando a Lei das Doze Tábuas ficou pronta, os plebeus perceberam que a situação anterior pouco havia mudado. Entre as proibições mantidas, continuava vetado o casamento entre patrícios e plebeus, cuja finalidade era preservar a pureza do sangue patrício e, portanto, fixar seu direito exclusivo ao poder. Certos de que com os casamentos mistos poderiam quebrar a hegemonia patrícia, os plebeus passaram a exigir o fim dessa lei, o que foi atendido através da instituição da Lei Canuléia. Mas seu efeito ficou bastante reduzido, já que só beneficiou apenas os plebeus ricos. Os plebeus revoltaram-se pela última vez em 247 a.C., quando retornaram para o Monte Sagrado. Dessa vez, os patrícios concordaram que as leis votadas para a plebe na sua Assembléia tivesses validade para todo Estado. Essas decisões foram chamadas plebiscito, o que significa “a plebe aceita”. Embora os progressos entre a primeira e a última revolta tivesses sido grandes, essa leis, na prática, continuaram a beneficiar apenas os plebeus ricos, principalmente os comerciantes, que, por casamento, podiam almejar os melhores cargos da República. A exploração dos pobres, no entanto, continuou, não havendo a mínima condição de alcançarem o poder. Apesar disso, por volta do século III A.C., a República de Roma se caracterizava pelo equilíbrio de poder entre as classes, o que, no fundo, escondia o fato de que havia um Estado Patrício e um Estado Plebeu. O Imperialismo Romano A República romana foi marcada por conquistas que expandiram seu domínio por toda a bacia do Mediterrâneo. Em Roma, escravos e terras constituíam riqueza, e a forma de os grandes proprietários e comerciantes romanos conseguí-los era por meio de guerras e conquistas. Assim, o imperialismo romano manifestou-se como uma política de conquista de novos territórios, para aumentar a mão-de-obra escrava e atender aos interesses dos grandes proprietários de terras e de escravos. A conquista da Itália Os romanos levaram 230 anos para conquistar toda Itália. As primeiras guerras tiveram um caráter diferente: a prosperidade de Roma atraía a cobiça dos vizinhos e, para defender-se, os romanos acabavam ocupando novos territórios. Nessa fase inicial foram vencidos os volscos e sabinos; as cidades latinas foram tomadas em 338 a.C.. No outro lado do rio Tibre estavam os etruscos, dominadores dos romano durante vários séculos . Cinqüenta anos depois da conquista das cidades latinas, os romanos anexaram toda a Etrúria Meridional. Entretanto, a expansão romana pelo continente foi interrompida pelos gauleses, que chegaram a saquear Roma. Após a saída dos gauleses, que ainda eram seminômades, os romanos continuaram sua campanha. O passo seguinte foi a conquista da fértil planície de Campânia. Mas a presença romana ao sul da península alertou os gregos da Magna Grécia, principalmente Tarento, que pediram ajuda a Pirro, rei do Epiro, e seu exército de mercenários e elefantes. A derrota de Pirro e seus aliados abriu aos romanos a possibilidade de conquistar toda Itália, o que foi confirmado com a anexação da Etrúria, em 265 a.C., e a vitória sobre os gauleses da costa do Andriático. Os territórios conquistados pelos romanos na Itália não apresentavam uma organização uniforme. Havia uma imensa variedade de culturas e sistemas de governo, e em toda parte os romanos procuravam manter os vencidos unidos numa confederação. Tentavam, assim, estabelecer uma ligação permanente entre o Estado romano e o resto da Itália. Além disso, adotaram uma hábil política diplomática, concedendo o direito de cidadania a muitos povos conquistados. A construção de um sistema de estradas também permitiu o rápido deslocamento e a presença do seu forte exército em qualquer parte da Itália. Roma contra Cartago: as guerras púnicas Cartago, colônia fundada pelos fenícios no século VIII a.C., era grande rival de Roma na região do Mediterrâneo Ocidental. Os mercadores cartagineses dominavam o comércio, transformando Cartago num grande entreposto, que contava com uma poderosa força naval e um exército composto de mercenários. Primeira Guerra Púnica: Os cartagineses ocupavam parte da Sicília. Aproveitando-se de uma disputa que envolveu piratas italiotas e habitantes cartagineses da Sicília, Roma entrou em guerra contra Cartago em 264 a.C. Depois de várias lutas, que duraram 23 anos , Roma venceu a batalha decisiva, realizada na ilha de Égales. Lideradas por Amílcar Barca, as forças cartaginesas tiveram que pagar um pesado tributo aos vencedores e entregar a Roma as ilhas da Sicília, da Córsega e da Sardenha. Segunda Guerra Púnica: Para compensar as perdas no mar Tirreno, Cartago passou a explorar intensamente as minas de prata da Espanha. Era uma forma de conseguir recursos para a desforra. Na tentativa de evitar novas guerras, uma delegação romana chegou a ser enviada a Cartago, com o objetivo de delimitar as áreas de influência dos dois contendores. Mas a iniciativa não obteve êxito e, em 216 a.C., Aníbal Barca , filho de Amílcar, partiu de Cartago com uma formidável força de sessenta mil homens, mais de dez mil cavalos e grande número de elefantes. O Exército cartaginês rumou na direção norte e, depois de atravessar os Alpes, derrotou os romanos, conseguindo chegar perto de Roma. Entretando, a rebelião das cidades gregas contra a Macedônia privou Aníbal de um precioso aliado. Aos poucos, o Exército romano foi reconquistando posições até que, na Batalha de Zama. em 202 a.C., os cartagineses foram finalmente vencidos. O resultado da guerra foi doloroso para os cartagineses: perderam a Espanha e o resto da Península Ibérica e tiveram que entregar sua esquadra naval aos romanos. Terceira Guerra Púnica: Na terceira e última guerra (150-146 a.C.), um exército de oitenta mil homens, liderados pelo general Cipião Emiliano, foi enviado à África e reduziu Cartago a uma simples província. A cidade foi totalmente destruída, seus quarenta mil habitantes escravizados e as terras conquistadas divididas entre os invasores. Assim, Roma completou seu domínio sobre todo o Mediterrâneo Ocidental. A conquista do Mediterrâneo Oriental Como a Macedônia auxiliara os cartaginesess em sua luta contra Roma durante a Segunda Guerra Púnica, os romanos decidiram intervir na Macedônia e em todo Oriente Médio. Assim, em pouco mais de trinta anos foram respectivamente ocupadas a Macedônia, a Grécia, a Síria e a Palestina. O Egito foi o último império Mediterrâneo a ser conquistado, sendo ocupado pelas tropas romanas em 30 a.C. Finalmente, com as vitórias dos exércitos de Júlio César nas campanhas da Gália, completou-se o quadro de conquistas romanas na fase da República. Roma passou a dominar toda bacia do Mediterrâneo. Estabeleceu sua própria administração nas regiões conquistadas e em cada província colocou um governador (procônsul) , designado para o cargo por um ano mas que, na maioria das vezes, permanecia durante vários anos. O poder do procônsul era absoluto, exercendo tanto funções militares como civis. Roma, respeitava as instituições e os costumes locais, e o tratamento dispensado a cada província variava muito. Em geral, limitava-se a tomar escravos e a cobrar impostos. Conseqüências do imperialismo O domínio na bacia do Mediterrâneo resultou em grandes transformações econômicas, sociais e políticas, que conduziram à crise e ao fim da República, formando-se o Império. A economia romana passou a se fundamentar na venda de escravos capturados entre os povos vencidos e na cobrança de tributos das regiões conquistadas. Um dos reflexos dessa mudança foi a formação de uma classe de ricos comerciantes, os cavaleiros. O trabalho escravo passou a ocupar todas as atividades profissionais, sobretudo nas grandes propriedades, que chegavam a atingir a extensão de 80.000 hectares. Entretanto, na Grécia, durante o período clássico, o escravismo coincidiu com a estabilização da pequena propriedade e a formação de um grupo de cidadãos composto principalmente por pequenos proprietários, em Roma o resultado foi o latifúndio e o domínio de uma poderosa aristocracia. Com o progresso econômico resultante do imperialismo ocorre o surgimento de uma nova classe social, a dos homens novos ou cavaleiros. Eram antigos plebeus que possuíam algum capital e que, aplicando-o em atividades rendosas — cobrança de impostos, fornecimento de víveres para o exército durante as campanhas militares, arrendamento da exploração de minas e florestas pertencentes ao poder público, construção de pontes, estradas, etc. — obtinham grandes lucros, tornando-se imensamente ricos. Porém, a classe plebéia, sustentáculo do exército, tendia a desaparecer. A agricultura em grande escala exigia cada vez mais capital e tanto o escravo quanto os pequenos proprietários estavam sendo totalmente arruinados. Como o trabalho livre praticamente não existia (a maioria das tarefas era executada pelos escravos), os plebeus proletarizados, cada vez em maior número passaram a viver em torno de Roma com o pão e o circo fornecido pelo Estado. Essas mudanças, resultantes da exploração imperialista, abriram um novo quadro em Roma, marcado por violentas lutas políticas e sociais. Inicialmente ocorreram conflitos entre patrícios e plebeus e, depois, entre patrícios e cavaleiros, que reivindicavam o direito de ocupar cargos na magistratura e no Senado, pois isso lhes aumentaria o poder econômico. Essas lutas iriam destruir as bases da República romana e formar o Império. A Crise da República A plebe proletarizada tinha seus tribunos no Senado para defender seus interesses. O tribuno Tibério Graco propôs, em 133 a.C., a Lei Agrária, destinada a realizar em Roma a redistribuição de terras inativas (não cultivadas) entre os plebeus desempregados. De origem nobre e rica, Tibério Graco teve educação esmerada, sendo influenciado pela cultura grega. Seu modelo de conduta era a democracia ateniense, principalmente os ensinamentos de Péricles. Como tribuno da plebe, retomou antigas leis, que nunca haviam sido postas em prática, referentes ao uso de terras públicas por particulares. Propôs um limite à propriedade de 125 hectares. As que ultrapassassem esse número, voltariam ao Estado e seriam redistribuídas aos mais pobres. Uma comissão agrária composta por três membros faria o cadastramento. A reforma agrária não interessava aos patrícios proprietários de terras, que começaram a boicotar as propostas de Tibério Graco. Com fim do mandato, o tribuno candidatou-se novamente (o que não era permitido por lei). Mas apesar de sua vitória na reeleição, sem i apoio dos camponeses presos à terra e da plebe urbana desinteressada, tornou-se presa fácil dos inimigos. Cercado no Capitólio por senadores em membros do partido dos nobres, Tibério foi massacrado junto com trezentos partidários. A semente da revolta plebéia brotou novamente com Caio Graco, irmão de Tibério, em 123 a.C. Caio Graco reivindicou melhores condições de vida para a plebe e conseguiu que o Senado aprovasse a Lei Frumentária, que distribuía pão à plebe. Mais Caio Graco pretendia radicalizar o movimento, conseguindo terras para plebe. Os cavaleiros, que também eram proprietários, retiraram o apoio a Caio, impedindo assim a sua reeleição como tribuno. Tentando impor sua proposta pela força o movimento foi reprimido e os principais discípulos de Caio decapitados. Caio pediu a um escravo que o matasse. O movimento dos plebeus, liderado pelos irmãos Graco, não alcançou seu objetivos. O proletariado romano, sustentado pelo Estado, relutou em apoiar o movimento, prejudicando também a união entre patrícios e cavaleiros. A luta entre patrícios e plebeus A aliança entre cavaleiros e patrícios era frágil, principalmente porque existia, entre eles uma incansável luta pelo poder. Depois da morte dos irmãos Graco, a plebe, órfã de liderança política, aliou-se ao Partido Democrata, formado por ricos comerciantes — os cavaleiros — , que lutavam para tirar o poder dos patrícios. Os patrícios, por sua vez, eram incapazes de resolver os graves problemas que ameaçavam a República. Enquanto isso, generais vitoriosos em inúmeras batalhas alcançavam enorme popularidade e usavam seu prestígio para fazer carreira política. Mário era um exemplo desse novo homem político, depois de vencer muitas batalhas na África, aliou-se a facção radical do Partido Democrata, o Partido Popular, elegendo-se ilegalmente cônsul por seis vezes consecutivas (105-100 a.C.). Devido a sua origem plebéia, Mário era destacado pelo Senado. Mas sua popularidade cresceu ainda mais depois da vitória sobre os teutões. Sila, grande rival de Mário e seu subalterno na África, tornou-se famoso quando, a serviço dos patrícios, reprimiu com violência as guerras sociais que eclodiam em toda Itália. Da rivalidade entre os dois resultou uma violenta guerra civil que só terminaria com a morte de Mário em 86 a.C. Com o apoio do Senado, Sila alcançou um poder quase absoluto. Entretanto, o Domínio de Sila durou pouco. Depois de derrotar os últimos partidários de Mário, abandonou a vida pública. Com a perda de expressão política e econômica dos patrícios, desenvolveu-se um novo período de lutas, solucionado com um acordo entre as classes dominantes. Esse acordo permitiu a formação do primeiro triunvirato, em 60 a.C.., composto por Crasso, rico cavaleiro, Pompeu representante dos patrícios, e Caio Júlio César político de origem nobre mas com enorme prestígio entre a população pobre. As guerras que envolveram Roma, desde Sila a Mário, demonstraram que a República dos patrícios chegava ao fim e que lhe surgiam novos instrumentos do poder, como a plebe urbana e o exército profissional. Dos triunviratos à formação do Império As forças adversas e a morte de Crasso na luta contra os partas (53 a.C.) conseguiram derrubar o precário equilíbrio do primeiro triunvirato. Sob o pretexto de reprimir os grupos armados, formados por exércitos particulares que espalhavam o terror em Roma, o Senado nomeou Pompeu cônsul, com a missão de restabelecer a ordem. Para evitar uma nova crise de poder, Júlio César propôs que todos os exércitos particulares fossem desmobilizados. Além de recusar a proposta, o Senado exigiu que ele próprio desmobilizasse suas tropas e abandonasse seus títulos. No entanto, ao conquistar a Gália, importante fonte de fornecimento de escravos, César ganhou forte simpatia dos cavaleiros, assim como do proletariado protegido pela política do pão e circo. Sentindo-se suficientemente forte para enfrentar Pompeu e o Senado, César, auxiliado por suas tropas da Gália, cruzou o rio Rubicão e invadiu a Itália. Após o assassinato de Pompeu, no Egito, César instaurou a ditadura. Como ditador, César limitou o poder do Senado, acumulou cargos e restringiu a influência do patriciado. Armado de poder quase absoluto, iniciou amplas reformas. Pôs fim ao longo período de guerra civil e restabeleceu a paz em todo império. Distribuiu terras aos soldados, obrigou os proprietários a empregar homens livres e reformou o calendário romano. Júlio César pretendia tornar seus poderes hereditários, o que significava o fim do Senado e da República. Isso foi suficiente para que, liderada por Cássio e Bruto a aristocracia conspirasse. Aproveitando-se de uma visita de César ao Senado, um grupo de senadores aristocratas o assassinou a punhaladas (44 a.C.). Mas Cássio e Bruto não conseguiram ascender ao poder. Marco Antônio, general e amigo pessoal de César, sublevou o povo de Roma contra os conspiradores, que foram perseguidos e mortos. Temeroso e seguindo o conselho de Cícero — advogado famoso, defensor do regime republicano e da Constituição — o, Senado entregou o poder a Caio Otávio, sobrinho e herdeiro legítimo de César. Apesar de Otávio atacar Marco Antônio em Módena, os dois litigantes chegaram a um acordo e, com Lépido, formaram segundo triunvirato. Otávio ficou com as províncias da Sicília e da África; Marco Antônio com a Gália Cisalpina; Lépido com a Gália Harbonesa e Hispânia. Mais tarde, uma nova divisão estabeleceu que Lépido ficava com a África, Marco Antônio com o Oriente e Otávio com o Ocidente. Em conseqüência da nova divisão do poder e do enfraquecimento dos patrícios, realizou-se um numero expurgo no Senado. Milhares de inimigos foram presos e cassados. Cícero foi um deles. Suas mãos cortadas; depois acabou assassinado por Herênio. Como ocorreu no primeiro triunvirato, o novo acordo durou pouco. Lépido foi rapidamente afastado e indicado para a anódina função religiosa e sumo-sacerdote. Marco Antônio deixou-se ficar no Oriente, onde acostumou-se com os hábitos e o luxo locais. Essa atitude deu liberdade a Otávio que, depois de fortalecer sua posição em Roma, sob a alegação de que queria criar um império romano no Oriente, atacou Marco Antônio, derrotando-o na Batalha de Ácio. Marco Antônio fugiu com Cleópatra para o Egito, perseguidos pelos exércitos de Otávio. Quando as tropas romanas tomaram Alexandria, Antônio e Cleópatra suicidaram-se (30 a.C.). Com a vitória no Egito e a posse dos imensos tesouros do faraó, Otávio acumulou uma fortuna que lhe permitiu formar um imenso exército, composto de setenta legiões, e abastecer de trigo a plebe de Roma. Tendo sob seu controle as principais fontes de poder ( o Exército e a plebe), Otávio procurou disfarçar seu próprio poder, mantendo nas aparências o regime republicano. Com receio de perder seus privilégios, o Senado cumulou Otávio de títulos: Poder Tribunício (que o tornava sacrossanto e inviolável); Imperador Consular (que lhe confiava o poder supremo do exército em todas as províncias); Pontífice Máximo (que o tornou chefe da religião romana); Princeps Senatus (que lhe dava o direito de governar o Senado); Imperador título reservado aos generais vencedores)e, finalmente, Augusto (título reservado aos deuses). Marcando o início do Império e o final da República, formou-se um regime político caracterizado pelo absolutismo teocrático, muito semelhante aos antigos impérios orientais. O Alto Império Ao assumir o Império, Otávio — agora Otávio Augusto –, reforçando a base de poder, passou a Ter um papel mais importante que o do Senado. Entretanto isso, os antigos magistrados passaram a desempenhar funções puramente civis e o Senado a Ter apenas o controle administrativo de Roma. O Exército estabeleceu armas em todas as províncias, passando também a cobrar impostos — cujo sistema foi totalmente “reorganizado” — e impondo pela força a chamada Pax Romana. Devido à grande extensão do Império Romano e à variada composição de povos e costumes, havia um clima de permanente instabilidade que cabia ao Exército reprimir. Augusto estendeu os Domínios de seu Império aos países situados ao sul do rio Danúbio, delimitando novas fronteiras para a região setentrional. No Oriente, anexou a Galácia e a Judéia, estabelecendo também sua soberania sobre os armênios. No campo administrativo, criou novos impostos sobre as heranças e sobre as vendas para aumentar a arrecadação do Estado. Aperfeiçoou o sistema de justiça e desenvolveu um correio especial, o que lhe permitiu um controle mais eficaz da administração pública. No campo social, modificou a estrutura da sociedade. Em substituição ao critério de nascimento, que era usado até então para hierarquizar a sociedade, introduziu uma escala econômica, pela qual os cidadãos teriam direitos políticos proporcionais ao bens. Com a morte de Augusto (14 d.C.), a dinastia Júlio-Claudiana teve continuidade com Tibério, filho adotivo de Augusto e seu herdeiro. Tibério foi um administrador eficiente, mas sua participação na morte do general germânico tornou-o impopular. Calígula, seu sucessor, com sintomas de desequilíbrio mental, passou a perseguir senadores e tentou criar um estilo oriental de governo. Foi assassinato por um guarda pretoriano em 41 d.C. Ao assumir o poder no meio de uma conspiração palaciana, Nero (56-68 d.C.), o último imperador da dinastia Júlio-Claudiana, depois de um início feliz de governo, foi obrigado a renunciar no meio de uma revolta popular (68 d.C.) Nero perdeu seu prestígio após Ter sido acusado de haver provocado o incêndio de Roma. Nesse período, a grande extensão territorial do império dificultava cada vez mais a sua administração, que passava a depender da fidelidade dos generais que controlavam as províncias. Esses, fortalecidos, também começaram a participar ativamente da luta pelo, poder, o que serviu para aumentar a instabilidade em Roma. Com o fim da dinastia Júlio-Claudiana, três generais – Galba, Otão e Vitélio — assumiram provisoriamente o poder. Vespasiano (68-79 d.C), rico comerciante originário da classe dos cavaleiros italianos e não da aristocracia romana, corou-se imperador e fundou uma nova dinastia, a Flaviana. No auge do escravismo e da expansão romana, essa nova dinastia representava os senhores donos de escravos. Os imperadores da dinastia Flaviana caracterizaram-se, sobretudo, por serem administradores competentes, que melhoraram as condições gerais do Império. Vespasiano restaurou a paz e as finanças; Tito (79-81 d.C.) foi ótimo governante, mas Domiciano (81-96 d.C.) quis governar como soberano absoluto e foi assassinado numa conspiração palaciana (96 d.C). O período em que a dinastia dos Antoninos esteve no poder (96-192 d.C) marcou o apogeu de Roma. O Império atingiu sua maior extensão territorial, conheceu grande prosperidade econômica, gozou de paz interna e foi administrado com eficiência. Entre os imperadores que mais se destacaram nesse período merecem ser lembrados: Trajano (98-117 d.C.); excelente administrador e respeitador das instituições civis e do Senado; Adriano (117-138d.C.), homem pacífico que contribuiu para melhorar o direito romano, e Marco Aurélio (161-180 d.C.) que se destacou pelo grande espírito de justiça. Com a morte de Cômodo (180-192 d.C.) que se divertia combatendo gladiadores na arena, teve fim a dinastia dos Antoninos. O Império de Roma entrou em gradativa crise e estagnação. Os Severos, substitutos dos Antoninos, procuraram dar um caráter ainda mais oriental ao Império, apoiados na burocracia e no exército. Duraram apenas quarenta anos. O Baixo Império A economia de Roma, baseada quase exclusivamente no uso de trabalhadores escravos, passou a ressentir, a partir do século II d.C., com falta desse tipo de mão-de-obra. O longo período de paz afetou a oferta de escravos (fornecidos principalmente pelas guerras), que não pôde ser devidamente superada com a compra de novos contingentes nas regiões de fronteira. Como esse tipo de população apresentava um baixo índice de natalidade e crescimento demográfico, o preço dos escravos começou a subir acentuadamente. Em menos de um século, seu preço chegou a representar mais de dez vezes o seu custo inicial. Como era considerada uma mercadoria perecível e de alto risco, tornou-se cada vez mais oneroso para os proprietários rurais fazerem esse tipo de investimento. Assim, a produção dos grandes latifúndios começou a declinar, caindo também o lucro dos proprietários. Com menos impostos a receber, em conseqüência da crise econômica, O Estado romano viu-se obrigado a tomar uma série de medidas: deixou de sustentar a plebe urbana (que foi trabalhar no campo) e limitou os gastos com a corte imperial; aumentou também o valor dos impostos (quem não pudesse pagá-los fugiria para o campo) e, finalmente, reduziu os contingentes militares. Como saída para a crise, os proprietários rurais escolheram um novo sistema de arrendamento. Pelo novo sistema, os trabalhadores sustentavam-se com o próprio trabalho, nos pedaços de terra fornecidos pelos donos. Em troca, tinham que trabalhar uns dias por semana para o proprietário. Esse tipo de arranjo tornava auto-suficiente a produção de alimentos, mas dificultada a produção de excedentes para o comércio. Desse modo, foram gradativamente transformados em colonos plebeus da cidade, bárbaros que fugiam das guerras no mundo germânico, pequenos proprietários agrícolas e escravos que conseguiam obter seu pedaço de terra. A cidade deixou de ser o centro do Império. O núcleo econômico passou a ser a vila, onde os grandes proprietários de terras, em uma ou mais construções protegidas dirigiam a vida econômica, social e militar de toda a propriedade. Esse processo de ruralização econômica e de descentralização política enfraquecia o império e preparava o surgimento do feudalismo. Por outro lado, à medida que o império se enfraquecia, suas dificuldades aumentavam. Povos bárbaros, na fronteira ocidental como os germânicos e os gauleses, ameaçavam invadir. O mesmo ocorria no Oriente com os persas, berberes e mauritânios. A partir de 235 d.C., o Império Romano passou a ser governado por imperadores-soldados. Eram comandantes do exército que tinham como prioridade a defesa do território. Para melhorar a eficiência administrativa do Estado, Dioclessiano introduziu , em 284 d.C., a tertrarquia, sistema pelo qual o Império seria governado ao mesmo tempo por quatro imperadores. Mas essa forma de governo logo entrou em crise, após a morte de Diocleciano. Por outro lado, o cristianismo, seita religiosa que começava a se expandir pelo Império, com adesão de plebeus, mulheres e escravos, minava as bases do regime, já que o caráter pacifista e monoteísta, negava o militarismo e a configuração divina do imperador. Em 313 d.C., o imperador Constantino, pelo Edito de Milão, deu liberdade de culto aos seus seguidores. Sessenta anos mais tarde, outro imperador, Teodósio, oficializaria o cristianismo, tentando criar uma nova base ideológica para o governo, e dividiria definitivamente o Império Romano em duas partes: o Império Romano do Ocidente que, ficou com seu filho Honório; e o Império Romano do Ocidente, com a capital em Constantinopla, que passou para seu outro filho, Arcádio (395 d.C.). O Império do Ocidente, depois de enfrentar e sofrer sucessivas invasões de povos bárbaros, foi finalmente destruído por Odoacro, rei dos hérulos, em 476 d.C. Como conseqüência do esfacelamento do Império do Ocidente, acentuou-se o processo de descentralização econômica, dando origem ao feudalismo, que marcaria a Idade Média. No outro lado do mundo, porém, desenvolveu-se no Império Romano do Oriente a civilização bizantina, que duraria mais de mil anos. Fonte: www.geocities.com Roma Antiga Roma Antiga é o nome dado à civilização que se desenvolveu a partir da cidade de Roma, fundada na península Itálica durante o século VIII a.C.. Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural. No entanto, um rol de fatores sócio-políticos causou o seu declínio, e o império foi dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos, como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média. A civilização romana é tipicamente inserida na chamada Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga, que muito inspirou a cultura deste povo. Roma contribuiu muito para o desenvolvimento no mundo ocidental de várias áreas de estudo, como o direito, teoria militar, arte, literatura, arquitetura, linguística, e a sua história persiste como uma grande influência mundial, mesmo nos dias de hoje. História A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola. Origem de Roma : explicação mitológica Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma. Os períodos da história de Roma A história de Roma é dividida em três momentos: Monárquico (753-509 a.C.); Republicano (507-27 a.C.); Imperial (27 a.C. – 476 d.C.). Período Monárquico: o domínio etrusco Muitas das informações sobre o período Monárquico fundamentam-se nas lendas contadas pelos romanos. Nessa época, a cidade deve ter sido governada por reis de diferentes origens; os últimos de origens etrusca, devem ter dominado a cidade por cerca de cem anos. Durante o governo dos etruscos, Roma adquiriu o aspecto de cidade. Foram realizadas diversas obras públicas entre elas, templos, drenagens de pântanos e um sistema de esgoto. Nessa época, a sociedade romana estava assim organizada: Patrícios ou nobres: Descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma. Eram grandes proprietários de terra e de gado. Plebeus: Em geral, eram pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos. Constituíam a maioria da população e não tinham direitos políticos. Clientes: eram homens de negócios, intelectuais ou camponeses que tinham interesse em fazer carreira pública e que por isso recorriam à proteção de algum patrono, geralmente um patrício de posses. Escravos: Eram plebeus endividados e principalmente prisioneiros de guerra. Realizavam todo o tipo de trabalho e eram considerados bens materiais. Não tinham qualquer direito civil ou político. O último rei etrusco foi Tarqüínio, o Soberbo. Ele foi deposto em 509 a.C., provavelmente por ter descontentado os patrícios com medidas a favor dos plebeus.No lugar de Tarqüínio, os patrícios colocaram no poder dois magistrados, chamados cônsules. Com isso, terminava o período Monárquico e tinha inicio o período Republicano. Situada na região do Lácio, tendo como referências os rios Tibre, Arno e Pó, próxima ao litoral (mar Tirreno ao oeste, Adriático ao leste e Jônico ao sul), a cidade de Roma originou-se a partir da fusão dos seguintes povos: etruscos, italiotas (latinos e os sabinos) e gregos. Inicialmente uma aldeia pequena e pobre, numa data difícil de precisar Roma foi conquistada pelos seus vizinhos do norte, os etruscos, que dela fizeram uma verdadeira cidade. Os romanos eram também vizinhos dos gregos, que, ao sul, haviam criado a chamada Magna Grécia, onde habitavam desde a época da fundação de Roma. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. Organização política e social na república Na república, o poder que antes era exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembleia de Cidadãos, dominada pelos patrícios. Reprodução de uma sessão do Senado romano À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.). Durante esses dois séculos, os plebeus conquistaram seus direitos. Entre eles, o de eleger seus próprios representantes, chamados tribunos da plebe. Os tribunos tinham o poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus. Outras conquistas foram a proibição da escravização por dívidas e o estabelecimento de leis escritas, válidas tanto para os patrícios quanto para plebeus. Até então, em Roma, as leis não eram escritas e os plebeus acabavam julgados conforme os critérios dos patrícios. Estabelecendo as leis por escrito, os plebeus garantiam um julgamento mais justo. Os plebeus conquistaram ainda a igualdade civil, com a autorização do casamento entre patrícios e plebeus; a igualdade política, com o direito de eleger representantes para diversos cargos, inclusive o de cônsul; e a igualdade religiosa, com o direito de exercer funções sacerdotais. A estrutura do poder na República Romana Cônsules: chefes da República, com mandato de um ano; eram os comandantes do exército e tinham atribuições jurídicas e religiosas. Senado: composto por 300 senadores, em geral patrícios. Eram eleitos pelos magistrados e seus membros eram vitalícios. Responsabilizavam-se pela elaboração das leis e pelas decisões acerca da política interna e externa. Magistraturas: responsáveis por funções executivas e judiciária, formadas em geral pelos patrícios. Assembléia Popular: composta de patrícios e plebeus; destinava-se a votação das leis e era responsável pela eleição dos cônsules. Conselho da Plebe: composto somente pelos plebeus; elegia os tributos da plebe e era responsável pelas decisões em plebiscitos (decretos do povo). A expansão das fronteiras romanas Iniciado durante a República, o expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender Roma do ataque dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura e ao pastoreio. As vitórias nas lutas conduziram os romanos a uma ação conquistadora, ou seja, a ação do exército levou à conquista e incorporação de novas regiões a Roma. Dessa forma, após sucessivas guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, a ação expansionista permitiu que o Império Romano ocupasse boa parte dos continentes europeu, asiático e africano. O avanço das forças militares romanas colocou o Império em choque com Cartago e Macedônia, potências que nessa época dominavam o Mediterrâneo. As rivalidades entre os cartagineses e os romanos resultaram nas Guerras Púnicas (de puni, nome pelo qual os cartagineses eram conhecidos). As Guerras Púnicas desenvolveram-se em três etapas, durante o período de 264 a 146 a.C. Ao terminar a terceira e ultima fase das Guerras Púnicas, em 146 a.C., Cartago estava destruída. Seus sobreviventes foram vendidos como escravos e o território cartaginês foi transformado em província romana. Com a dominação completa da grande rival, Roma iniciou a expansão pelo Mediterrâneo oriental (leste). Assim, nos dois séculos seguintes, foram conquistados os reinos helenísticos da Macedônia, da Síria e do Egito. No final do século I a.C., o mediterrâneo havia se transformado em um “lago romano” ou, como eles diziam, Mare Nostrum(“nosso mar”). Período de instabilidade política Com o fim das Guerras Púnicas, em 146 a.C., iniciou-se um período de intensa agitação social. Além dos escravos, povos da Península Itálica também se revoltaram, só que exigindo o direito à cidadania romana. A expansão das conquistas e o aumento das pilhagens fortaleceram o exército romano, que então se colocou na luta pelo poder. Assim, esse período ficou marcado por uma acirrada disputa política entre os principais generais, abrindo caminho para os ditadores. Essa crise se iniciou com a instituição dos triunviratos ou triarquia, isto é, governo composto de três indivíduos. O Primeiro Triunvirato, em 60 a.C., foi composto de políticos de prestigio: Pompeu, Crasso e Júlio César. Esses generais iniciaram uma grande disputa pelo poder, até que, após uma longa guerra civil, Júlio César venceu seus rivais e recebeu o título de ditador vitalício. Durante seu governo, Júlio César formou a mais poderosa legião romana, promoveu uma reforma político-administrativa, distribuiu terras entre soldados, impulsionou a colonização das províncias romanas e realizou obras públicas. O imenso poder de César levou os senadores a tramar sua morte, o que aconteceu em 44 a.C. Os generais Marco Antonio, Lépido e Otávio formaram, então, o Segundo triunvirato, impedindo que o poder passasse para as mãos da aristocracia, que dominava o Senado. A disputa pelo poder continuou com o novo triunvirato. Em 31 a.C., no Egito, Otávio derrotou as forças de Marco Antônio e retornou vitorioso a Roma. Fortalecido com essa campanha, Otávio pôde governar sem oposição. Terminava, assim, o regime republicano e iniciava o Império. O Império Romano Após vencer Marco Antônio, Otávio recebeu diversos títulos que lhe conferiram grande poder. Por fim, em 27 a.C., o senado atribuiu-lhe o título de Augusto, que significava consagrado, majestoso, divino. O período Imperial, tradicionalmente, costuma ser dividido em dois momentos: Alto Império: período em que Roma alcançou grande esplendor (estende-se até o século III d.C.) Baixo Império: fase marcada por crises que conduziram a desagregação do Império Romano (do século III ao século V). Alto Império Augusto, durante seu governo (27 a.C. a 14 d.C.), adotou uma série de medidas visando controlar os conflitos sociais, solucionar problemas econômicos e, com isso, consolidar o império fazendo com que Roma atingisse seu apogeu e vivesse um longo período de prosperidade e de relativa tranquilidade social, também conhecido como Pax Romana. Isso foi possível porque o imperador Otávio abandonou a política agressiva de conquistas, promoveu a aliança entre aristocracia e os cavaleiros (plebeus enriquecidos) e apaziguou a plebe com a política do “pão e circo” (panem et circenses) (anexo), que consistia em distribuir trigo para a população carente e organizar espetáculos públicos de circo. Do governo de Augusto aos dois séculos que se seguiram, o Império Romano, por meio de conquistas militares, ampliou ainda mais o seu território. Seus domínios estendiam-se pela Europa, Ásia e África. As conquistas abasteciam o império não apenas de riquezas e terras, mas também de escravos, principal mão-de-obra e todas as atividades, tanto econômicas quanto domésticas. A comunicação entre Roma, o centro do vasto império, e as demais regiões era garantida pela existência de uma extensa rede de estradas. Daí provém o famoso ditado: “Todos os caminhos levam a Roma”. As estradas romanas, além de possibilitar a comunicação entre as diferentes regiões do império, facilitavam a movimentação de tropas e equipamentos militares, contribuindo para o sucesso das campanhas. Após a morte de Augusto (14 d.C.) até o fim do século II, quatro dinastias se sucederam no poder. São elas: Dinastia Júlio-Claudiana (14-68): Com os imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e Nero, essa dinastia esteve ligada à aristocracia patrícia romana. Principal característica dessa fase: os constantes conflitos entre o Senado e os imperadores. Dinastia Flávia (68-96): Com os imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano, apoiados pelo exército, o Senado foi totalmente submetido. Dinastia Antonina (96 – 193): Com Nerva, Trajano, Adriano, Antonio Pio, Marco Aurélio e Cômodo, assinalou-se uma fase de grande brilho do Império Romano. Os imperadores dessa dinastia, exceto o último, procuraram adotar uma atitude conciliatória em relação ao Senado. Dinastia Severa (193 – 235): Com Sétimo Severo, Caracala, Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre, caracterizou-se pelo inicio de crises internas e pressões externas, exercidas por povos diversos, prenunciando o fim do Império Romano, a partir do século III da era cristã. Baixo Império Essa fase foi marcada por crises em diferentes setores da vida romana, que contribuíram para pôr fim ao grande império. Uma das principais crises diz respeito à produção agrícola. Por séculos, os escravos foram a principal mão de obra nas grandes propriedades rurais. Entretanto, com a diminuição das guerras, o reabastecimento de escravos começou a ficar difícil. Além disso, com o passar do tempo, os romanos tornaram-se menos hostis aos povos conquistados, estendendo a eles, inclusive, parte de seus direitos. Ou seja, os povos dominados deixaram de ser escravizados. Essas circunstâncias colaboraram para transformar a produção no campo. Por causa dos custos, muitos latifúndios começaram a ser divididos em pequenas propriedades. Nelas, o trabalho escravo já não era mais tão importante. Nessa época, os lucros com a produção agrícola eram baixos. O lugar dos escravos passou a ser ocupado, aos poucos, por camponeses, que arrendavam a terra em troca da prestação de serviços nas terras do proprietário. Havia também os colonos que, sem poder abandonar a terra, não tinham direito à liberdade, pois estavam ligados a ela por lei e por fortes laços pessoais. O centro de produção rural era conhecido como Villa. Protegido por cercas e fossos, era habitado pelos donos das terras e todos aqueles que dela dependiam. Ao mesmo tempo em que a vida no campo se transformava, um grande número de pessoas começou a deixar as cidades em direção ao campo, provocando a diminuição do comércio e da produção artesanal. Para uma população empobrecida, as cidades já não representavam mais uma alternativa de vida. Arrecadando menos impostos pela diminuição das atividades produtivas, o governo romano começou a enfraquecer e as enormes fronteiras já não tinham como ser vigiadas contra a invasão de povos inimigos. Detalhe de um monumento (arco) erguido pelo imperador Constantino. Nele está retratada a ação dos exércitos romanos nas fronteiras do império contra povos inimigos. Eles tomam de assalto as muralhas de uma cidade. Divisão do Império Em 395, o imperador Teodósio dividiu o império em duas partes: Império Romano do ocidente, com capital em Roma; e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. Com essa medida, acreditava que fortaleceria o império. Achava, por exemplo, que seria mais fácil proteger as fronteiras contra ataques de povos invasores. Os romanos chamavam esses povos de bárbaros, por terem costumes diferentes dos seus. A divisão estabelecida por Teodósio não surtiu o efeito esperado. Diversos povos passaram a ocupar o território romano. Em 476, os hérulos, povo de origem germânica, invadiram Roma e, comandados por Odoacro, depuseram o imperador Rômulo Augústulo. Costuma-se afirmar que esse acontecimento marca a desagregação do Império Romano. Na verdade, isso refere-se ao Império Romano do Ocidente , pois a parte oriental ainda sobreviveu até o século XV. Embora as invasões de povos inimigos tenham papel decisivo no fim do Império Romano do Ocidente, outras circunstâncias também foram determinantes, tais como: Elevados gastos com a estrutura administrativa e militar; Perda do controle sobre diversas regiões devido ao tamanho do império; Aumento dos impostos dos cidadãos e dos tributos dos vencidos; Corrupção política; Crise no fornecimento de escravos com o fim das guerras de expansão; Continuidade das lutas civis entre patrícios e plebeus; A difusão do cristianismo. O fim do poderio romano constituiu um longo processo, que durou centenas de anos. A partir daí, começou a se formar uma nova organização social, política e econômica, o sistema feudal, que predominou na Europa ocidental até o século XV. Como vivia o povo romano na Antiguidade Para o povo romano a vida urbana era um padrão a ser seguido até mesmo pelos camponeses que visitavam Roma ocasionalmente. Além de centro político, administrativo, econômico e cultural, a cidade de Roma foi palco de inúmeras diversões populares como teatro, as corridas de biga, os jogos de dados e as lutas de gladiadores, uma paixão nacional. As habitações da maioria dos romanos eram simples. A população mais pobre vivia em pequenos apartamentos, em edifícios de até seis andares, que apresentavam riscos de desabamento e incêndio. Apenas uma minoria vivia em casas amplas e confortáveis, com água canalizada, rede de esgoto, iluminação por candelabros, sala de banhos e luxuosa decoração interior. A infância em Roma Assim como na Grécia, a educação dos romanos variava de acordo com a classe social e o sexo. Os meninos das classes privilegiadas aprendiam a ler e a escrever em latim e grego com seus preceptores, isto é, com professores particulares. Além disso, deviam ter conhecimentos de agricultura, astronomia, religião, geografia, matemática e arquitetura. Em relação aos meninos das classes menos abastadas, isso mudava de figura. A maioria, que não podia dispor de tempo integral para os estudos, dedicava-se ao trabalho agrícola ou artesanal. O abandono de crianças, tão comum nos dias de hoje, também existia na Roma Antiga, e as causas eram variadas. Abandonados, meninos e meninas estavam destinados à prostituição ou à vida de gladiadores, treinados para enfrentar leões, tigres e outros animais perigosos. Outros ainda se tornavam servos. Ricos e pobres abandonavam os filhos na Roma antiga. As causas eram variadas: enjeitavam-se ou afogavam-se as crianças malformadas, os pobres, por não terem condições de criar os filhos, expunham-nos, esperando que um benfeitor recolhesse o infeliz bebê, os ricos, ou porque tinham duvidas sobre a fidelidade de suas esposas ou porque já teriam tomado decisões sobre a distribuição de seus bens entre os herdeiros já existentes. Importante assinalar que, na Antiguidade, grega e romana, o infanticídio era praticado. A legislação da Roma imperial tentou condenar essa prática, e o imperador Constantino, desde 315 – reconhecendo a importância do fator econômico na prática do abandono por pais extremamente pobres -, procurou fazer funcionar um sistema de assistência aos pais, para evitar que vendessem ou expusessem seus filhos. Depois de 318 o infanticídio passou a ser punido com a morte. Os trabalhadores de Roma Em Roma, como nas demais cidades do Império, existiam diferentes tipos de trabalhadores, como carpinteiros, marceneiros, cesteiros, ceramistas, caldeireiros. Toda a produção desses trabalhadores era vendida nas lojas das cidades. É preciso lembrar que grande parte do trabalho na cidade era executada por escravos. Em sua maioria prisioneiros de guerra, eram eles os responsáveis por qualquer tipo de trabalho, desde os artesanais até os domésticos. O papel das mulheres As mulheres, independentemente da classe social a que pertenciam, eram educadas primeiramente para ser esposas e mães. Era responsabilidade das mulheres mais abastadas a administração de suas casas, dos escravos e a criação dos filhos. Em hipótese alguma poderiam participar das decisões políticas. Além disso, deveriam ensinar às suas filhas a arte de fiar, tecer e preparar a comida. As mulheres de classes menos favorecidas podiam trabalhar ao lado de seus maridos ou administrar seu próprio negócio, quando solteiras. Existia ainda um grupo de mulheres virgens que dedicava toda a vida a zelar pela chama sagrada de Vesta, deusa do fogo,. As vestais, como eram chamadas, deixavam suas famílias entre os 6 e os 10 anos para passar aproximadamente 30 anos vivendo ao lado do templo, sem que pudessem casar. Diferentemente de outras mulheres, as vestais não tinham de obedecer aos pais ou maridos, possuíam o direito de se sentar nos melhores lugares nas lutas de gladiadores e eram tratadas com respeito pelo sexo oposto. A vida conjugal Dentre as instituições romanas destacou-se o casamento. Em Roma, com apenas 12 anos as meninas se casavam por intermédio de arranjos familiares, isto é, os pais escolhiam os maridos para as filhas. Um casamento com cerimônia pública era importante para mostrar à sociedade que os nubentes pertenciam a uma família de posses. O divórcio também era comum, e pelos motivos mais variados, não precisando, muitas vezes, nem esclarecer a causa da separação. Ao findar o processo legal, o pai da moça recebia de volta o dote ofertado à época do casamento, e os filhos do casal eram entregues aos ex-maridos. Como se vestiam os romanos As vestimentas variavam de acordo com o sexo e com a categoria social. As mulheres solteiras vestiam uma túnica sem mangas que ia até os tornozelos; após o casamento, passavam a usar trajes com mangas. As mulheres mais ricas vestiam roupas de seda e algodão, enquanto as mais pobres usavam lã ou linho. Os homens livres trajavam túnica de linho ou lã, até os joelhos, para não atrapalhar os movimentos. Os trabalhadores vestiam roupas de couro, devido à maior durabilidade. A toga, manto comprido, era usada apenas pelos cidadãos a partir dos 14 anos. Os acessórios também constituíam elementos importantes ma indumentária. Era comum as mulheres utilizarem anéis, colares, pulseiras, braceletes e tornozeleiras, além de maquiagem e perucas. Os homens, para completar seus trajes, davam mais ênfase às sandálias, aos chinelos e às botas de feltro ou couro. O direito romano Desde criança, o romano era educado para atender as necessidades do estado e respeitar as tradições e os costumes. Uma série de normas regia a conduta dos cidadãos tanto na vida familiar como na vida pública. Daí surgiram leis que orientavam as relações entre os indivíduos. Reunidas, essas leis formaram códigos jurídicos, que deram origem ao Direito Romano. O Direito Romano dividia-se em duas esferas: a pública e a privada. O Direito público era composto pelo Direito civil, válido para os cidadãos romanos, e pelo Direito estrangeiro, válido para os povos conquistados. O Direito privado regulava as relações entre as famílias. O Direito foi uma das grandes contribuições dos romanos para as sociedades ocidentais. Seus fundamentos, adaptados e reelaborados, foram adotados por diversos povos, servindo de base até hoje para muitas sociedades. A cultura romana A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos “copiaram” muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. Os balneários (casas de banhos) romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais. Balneário romano A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol. A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo. Literatura, arquitetura e arte A mais conhecida obra literária dos romanos é Eneida. Ela foi escrita pelo poeta Virgílio, a pedido do imperador Augusto. A intenção de Virgílio em Eneida é glorificar a cidade de Roma. O livro, escrito em forma de versos, narra a lenda do herói troiano Enéias. Segundo a história de Virgílio, Enéias teria fugido para a península Itálica depois da Guerra de Tróia. Lá teria fundado Alba Longa, o reino pertencente ao avô de Rômulo e Remo, fundadores lendários de Roma. Roma declamada por Virgílio tinha a missão divina de proporcionar paz e vida civilizada ao mundo. O imperador Augusto, por sua vez, era o designado pelos deuses para tornar a realidade essa missão. A arte romana foi influenciada tanto por etruscos, um dos povos que ocuparam a península Itálica, quanto por gregos. Na arquitetura, por exemplo, os romanos herdaram dos etruscos o arco e a abóbada, que aperfeiçoaram, além de desenvolver novas técnicas de construção; dos gregos aproveitaram as colunas. Ciências e tecnologia O desenvolvimento que os romanos alcançaram nas ciências foi bastante limitado e sofreu marcante influencia dos gregos. A medicina somente passou a ter um caráter científico depois que os primeiros médicos gregos se estabeleceram em Roma; a matemática e a geometria que os romanos conheceram também não alcançaram progresso significativo. Na astronomia, as noções alcançadas pelos romanos também não ultrapassaram aquelas herdadas da Grécia. Eles sabiam da existência de cinco planetas e tinham ideias não muito precisas a respeito do movimento da Lua em torno da Terra. Seus conhecimentos astronômicos permitiram que, no tempo de César (em 46 a.C.), fosse elaborado um novo calendário – o calendário Juliano – que sobreviveu até os fins do século XVI (1582), sendo substituído pelo calendário gregoriano, devido ao papa Gregório XIII. Esse calendário, que não é muito diferente do Juliano, foi adotado porque os astrônomos descobriram algumas inexatidões no antigo calendário romano. A medição do tempo, para os romanos, apresentava dificuldades que somente puderam ser superadas séculos mais tarde. Os dias eram divididos em 24 horas (12 diurnas, 12 noturnas). Os relógios existentes mostravam as horas pelo deslocamento da sombra em relação à posição do Sol durante o dia. Os romanos numeravam as horas contando-as a partir do nascer do Sol. Assim, o clarear do dia acontecia na primeira hora; a sexta-hora correspondia ao meio-dia; a nona hora equivalia ao meio da tarde, e assim por diante. Os dias dos meses foram divididos em fastos e nefastos. Dias fastos eram considerados inteiramente favoráveis; nefastos, os dias negativos para algumas atividades, como as comerciais (por exemplo, o comércio não podia funcionar naqueles dias). Os primeiros dias do mês eram denominados calendas; os dias 5 e 7 chamavam-se nonas; e os dia 13 e 15 recebiam o nome de dos. Eram considerados de má sorte os meses de março, maio e metade de junho. A geografia entre os romanos foi inteiramente baseada nos ensinamentos aprendidos dos gregos, e a cartografia limitou-se ao conhecimento e à elaboração de itinerários; mapas rudimentares que indicavam, unicamente, os percursos que ligavam diferentes lugares do império. Na história, os romanos limitavam-se à narração dos fatos acontecidos em épocas determinadas. Os historiadores procuravam, ainda, destacar um sentido moral, extraído dos episódios estudados. Entre os historiadores romanos, tiveram destaque Tito Lívio, Tácito e Suetônio. Foi na ciência do direito que se revelou o gênio dos romanos antigos. Em 450 a.C., ocorreu a promulgação da Lei das Doze Tábuas, o primeiro código escrito de leis elaborado em Roma. Durante quase um milênio, a partir daquela data, o direito romano sofreu uma evolução contínua, cujo apogeu foi marcado pela elaboração do Código de Justiniano, em 535 d.C., quando o Império do Ocidente já havia sido invadido pelos bárbaros. Religião Romana No culto familiar uma prática muito comum era a existência de santuários domésticos, onde eram cultuados os deuses protetores do lar e da família. Os deuses protetores da família eram os Lares. Os bens e os alimentos estavam sob a proteção de divindades especiais, os Panates ou Penates. Esses deuses eram cultuados pelo chefe da família junto à lareira, onde o fogo permanecia sempre aceso. Durante as refeições, os romanos espalhavam junto ao fogo migalhas de alimentos e gotas de leite e de vinho, como oferendas às divindades. Com isso, acreditavam conseguir a proteção dos deuses. Nas festas familiares oferecia-se aos deuses o sacrifício de um animal (boi, carneiro ou porco), que depois era dividido entre todas as pessoas da família. Além dos deuses ligados a família, havia os que eram cultuados pelos habitantes da cidade. O culto público era organizado pelo Senado. Com ele, os fiéis esperavam obter dos deuses boas colheitas ou vitórias nas guerras. Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O culto a uma religião diferente a do império era proibida e condenada. Os cristãos, por exemplo, foram perseguidos e assassinados em várias províncias do império romano. Os doze principais deuses de Roma correspondiam aos principais deuses gregos. Durante o período republicano e imperial, os romanos seguiram a religião politeísta (crença em vários deuses), muito semelhante à religião praticada na Grécia Antiga. Esta religião foi absorvida pelos romanos, graças aos contatos culturais e conquistas na península balcânica. Porém, a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega. Os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península itálica. Muitos imperadores, por exemplo, exigiram o culto pessoal como se fossem deuses. Esta prática começou a partir do governo do imperador Júlio César (anexo). Diferentemente da crença grega, os deuses romanos não agiam como mortais, isto é, não tinham como os homens e os deuses gregos, virtudes e defeitos. Por isso não há relatos das suas atividades, como na mitologia grega. No início da Idade Média, com seu significativo crescimento, o cristianismo absorveu todas as crenças e outras práticas ligadas à religião desenvolvida pelos romanos e passou a ser considerada religião oficial do Império Romano, desta forma a prática do politeísmo foi, aos poucos, sendo abandonada. O cristianismo No período Imperial surgiu em Roma uma nova religião: o cristianismo. Monoteísta, essa religião pregava a salvação eterna, isto é, o perdão de todos os pecados e a recompensa de viver no paraíso após a morte. Seu deus era um só – Deus – e Jesus Cristo, seu filho, era o messias que tinha sido enviado à Terra para difundir seus ensinamentos. Economia A economia do império Romano teve como base uma única moeda corrente, a cobrança de baixas tarifas alfandegárias e uma rede de estradas e portos protegidos. Tudo isso para facilitar as trocas comerciais entre as várias regiões. Embora a agricultura fosse a atividade econômica mais importante do mundo romano, o comércio marítimo de produtos de subsistência, exóticos ou de luxo foi bastante expressivo. Roma, centro do império, consumia cereais importados da Sicília e da África, e azeite de oliva proveniente em especial da região correspondente à Espanha e ao Egito. Os mármores coloridos, utilizados nas principais construções e em esculturas da capital e de outras cidades, vinham da Ásia e do norte da África. O comércio de cerâmica, cujo principal centro de produção era Arezzo, na Itália, abastecia o mercado romano, bem como as províncias ocidentais, as do norte e o sudeste do império. A produção em fábricas era praticamente desconhecida. Em sua maioria, os artigos eram confeccionados por artesãos, que trabalhavam com uma pequena produção e muitas vezes diretamente para os usuários das mercadorias encomendadas. Já as oficinas que fabricavam moedas eram de propriedade do imperados e organizadas por seus funcionários. Taiane Mendes Taborda Fonte: www.gonzaga.com.br Roma Antiga Legado de Roma A civilização romana foi original e criadora em vários campos: o Direito Romano, codificado no século VI, ao tempo do imperador Justinianus, constituiu um corpo jurídico sem igual nos tempos antigos e forneceu as bases do direito da Europa medieval, além de ter conservado sua vigência, em muitas legislações, até os tempos modernos. As estradas romanas, perfeitamente pavimentadas, uniam todas as províncias do império e continuaram a facilitar os deslocamentos por terra dos povos que se radicaram nas antigas terras imperiais ao longo dos séculos, apesar de seu estado de abandono. Conservaram-se delas grandes trechos e seu traçado foi seguido, em linhas gerais, por muitas das grandes vias modernas de comunicação. As obras públicas, tais como pontes, represas e aquedutos ainda causam impressão pelo domínio da técnica e o poderio que revelam. Muitas cidades européias mostram ainda em seu conjunto urbano os vestígios das colônias romanas que foram no passado. Se, em linhas gerais, a Arte Romana não foi original, Roma teve o mérito de haver sabido transmitir à posteridade os feitos dos artistas gregos. Os poucos vestígios que sobreviveram da pintura romana mostram que as tradições gregas continuavam vivas. Os temas indicam a crescente preocupação religiosa, a serviço dos imperadores divinizados; referem-se, principalmente, à imortalidade da alma e à vida de além-túmulo. O cristianismo se valeu do Império Romano para sua expansão e organização e depois de vinte séculos de existência são evidentes as marcas por ele deixadas no mundo romano. O latim, idioma que a expansão romana tornou universal, está na origem das atuais línguas românicas, tais como o espanhol, o italiano, o português, o francês, o catalão e o romeno. Depois de quase dois mil anos, pode-se ainda falar de um mundo latino de características bem diferenciadas. Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br Roma Antiga Legiões Romanas Não só o terror das armas, mas também os estandartes com a águia e a inscrição SPQR das legiões romanas, davam peso e dignidade à moderação dos imperadores. Eles preservavam a paz mediante uma constante preparação para a guerra; e ao mesmo tempo em que regulavam sua conduta pelos ditames da justiça, anunciavam às nações dos seus confins que estavam tão pouco dispostos a suportar quanto a cometer uma injúria. A força que Adriano e o Antonino mais velho se haviam contentado em apenas exibir foi empregada contra os partos e os germanos pelo imperador Marco Aurélio. As hostilidades dos bárbaros suscitaram o ressentimento desse filosófico monarca, e na busca de uma justa reparação ele e seus generais alcançaram muitas vitórias notáveis tanto no Eufrates quanto no Danúbio. A organização das forças militares do império romano, que de tal modo lhe asseguravam ou a tranqüilidade ou o êxito, vai-se tornar agora o objeto, adequado e importante, de nossa atenção. Nas épocas mais singelas da república, o uso das armas ficava reservado àquelas classes de cidadãos que tinham um país para amar, uma propriedade a defender e alguma participação na feitura das leis que eram do seu interesse e da sua obrigação manter. Mas à medida que se foi perdendo a liberdade pública pelo alargamento das conquistas, a guerra se aperfeiçoou gradualmente numa arte e se degradou em negócio. As próprias legiões, ao tempo em que eram recrutadas nas províncias mais remotas, deviam supostamente consistir em cidadãos romanos. Tal distinção, de modo geral, era considerada ou como uma qualificação legal ou como uma recompensa justa para o soldado; todavia, maior atenção se dava ao mérito essencial da idade, do vigor físico e da estatura militar. Em todos os recrutamentos avultava uma justificada preferência pelos climas do norte em relação aos do sul; a classe de homens mais adequados para o exercício das armas era antes buscada nos campos que nas cidades, e com muito boa razão se supunha que as rudes ocupações de ferreiro, carpinteiro e caçador dariam a seus praticantes mais vigor e intrepidez do que os ofícios sedentários a serviço do luxo. Apesar de todas as qualificações de propriedade terem sido deixadas de parte, os exércitos dos imperadores romanos eram não obstante comandados, na maior parte dos casos, por oficiais de nas­cimento e educação liberal; os soldados rasos, como as tropas mercenárias da Europa moderna, recrutavam-se contudo entre as camadas mais baixas e com muita freqüência mais vulgares da sociedade. A virtude pública conhecida entre os antigos pelo nome de patriotismo advém de uma firme consciência de nosso interesse próprio na preservação e prosperidade de um governo livre do qual sejamos membros. Um sentimento desses, que havia tornado quase invencíveis as legiões da república, só podia causar fraquíssima impressão nos servidores mercenários de um príncipe despótico, pelo que se tornou necessário compensar tal deficiência com outros motivos de natureza diversa, mas não menos convincente — honra e religião. O camponês ou o artífice se imbuia do útil preconceito de que fora promovido à honrosa profissão das armas, na qual o seu posto e a sua reputação dependeriam do seu próprio valor; e conquanto a intrepidez de um soldado raso escapasse comumente à atenção da fama, o seu comportamento podia por vezes trazer glória ou desonra à companhia, legião ou mesmo exército a cuja reputação estivesse ligado. Quando do seu ingresso no serviço militar, via-se ele obrigado a um juramento que se revestia de toda a solenidade. Jurava jamais desertar do seu estandarte curvar a própria vontade às ordens dos seus chefes e sacrificar a vida pela segurança do imperador e do império. A lealdade das tropas romanas aos seus estandartes era inspirada pela influência conjunta da religião e da honra. A águia que rebrilhava à frente da legião tornava-se objeto da sua mais profunda devoção; era considerado tão ímpio quão ignominioso o abandono dessa insígnia sagrada numa hora de perigo. Tais motivos, cuja força advinha da imaginação, eram reforçados por temores e esperanças de natureza mais substancial. Soldo regular, donativos ocasionais e uma recompensa fixa após o devido tempo de serviço aliviavam as durezas da vida militar1, ao passo que, de outro lado, era impossível escapar à mais severa das punições por covardia ou desobediência. Os centuriões estavam autorizados a castigar com espancamento, os generais tinham o direito de punir com a morte; era uma máxima inflexível da disciplina romana que um bom soldado tinha muito mais a temer dos seus oficiais que do inimigo. Por via de tais louváveis recursos, o valor das tropas imperiais alcançou um grau de firmeza e docilidade que as paixões impetuosas e irregulares dos bárbaros jamais poderiam alcançar. No entanto, os romanos eram tão sensíveis à imperfeição do valor quando não secundado pela destreza e prática que, na sua língua, o nome “exército” deriva da palavra usada para designar exercício. Os exercícios militares eram o objeto mais relevante e contínuo de sua disciplina. Os recrutas e soldados novos recebiam adestramento constante de manhã e à tarde; nem a idade nem o conhecimento serviam de desculpa para eximir os veteranos da repetição diária daquilo que já haviam aprendido completamente. Grandes telheiros eram erguidos nos quartéis de inverno das tropas para que os seus úteis treinamentos não sofressem nenhuma interrupção mesmo na mais tempestuosa das quadras; tinha-se, outrossim, o cuidado de prover, para tal imitação de guerra, armas com o dobro do peso das usadas na ação real. Não é propósito deste texto entrar na descrição pormenorizada dos exercícios romanos. Diremos apenas que compreendiam quanto pudesse conferir vigor ao corpo, atividade aos membros ou graça aos movimentos. Os soldados eram diligentemente instruídos a marchar, correr, saltar, nadar, carregar grandes pesos; manejar qualquer espécie de arma que fosse usada para ataque ou defesa, quer no combate à distância, quer na luta corpo a corpo; fazer variadas evoluções; e mover-se ao som de flautas na dança pírrica ou marcial. Em tempos de paz, as tropas romanas se familiarizavam com as práticas de guerra, e com propriedade observa um antigo historiador que contra elas lutara, ser o derramamento de sangue a única circunstância que diferenciava um campo de batalha de um campo de exercícios. Os generais mais capazes, e os próprios imperadores tinham por norma encorajar tal preparação militar pela sua presença e exemplo; sabemos que Adriano, tanto quanto Trajano, freqüentemente condescendia em instruir os soldados inexperientes, em premiar os diligentes, e às vezes em disputar com eles torneios de destreza ou força. No reinado desses monarcas, a ciência da tática foi cultivada com sucesso, e enquanto o império logrou manter o seu vigor, sua instrução militar era respeitada como o modelo mais perfeito da disciplina romana. A Vida na Roma Antiga Em “família” Na sociedade romana as mulheres ocupavam uma posição de maior dignidade que na Grécia. A mulher, quando casada, era a verdadeira dona da casa, em vez de permanecer reclusa nos aposentos das mulheres. Ela tomava conta dos escravos e fazia as refeições com o marido, podia sair (usando a stola matronalis), e era tratada com profundo respeito, tendo acesso ao teatro e aos tribunais. O casamento — justum matrimonium —, sancionado pela lei e pela religião, era nos tempos mais antigos uma cerimônia solene, e resultava da transferência da mulher do controle (potestas) do pai para o de seu marido (manus). O casamento tomava a forma de coemptio, uma modalidade simbólica de compra com o consentimento da noiva. Ele também podia consumar-se mediante o usus, se a mulher vivesse com o marido durante um ano sem ausentar-se por mais de três noites. Teve início no Século II a.C. um processo de emancipação das mulheres. Abandonaram-se gradualmente as formas mais antigas de casamento e adotou-se uma na qual a mulher permanecia sob a tutela de seu pai, e retinha na prática o direito à gestão de seus bens. Temos notícias de mulheres versadas em literatura. A freqüência do divórcio aumentou. Podemos ver mulheres inteligentes e ambiciosas como Clódia, e Semprônia (mulher de D. Júnio Bruto), que participou da Conspiração de Catilina. Aparentemente as mulheres atuavam às vezes nos tribunais: “Jurisperita” é o título de uma fabula togata escrita por Titínio, e Valério Máximo menciona uma certa Afrânia no Século I a.C. como sendo uma litigante habitual, que cansava os tribunais com seu clamor. Na época imperial o casamento passou a ser impopular, e foram tomadas medidas para encorajá-lo mediante a imposição de penalidades aos não-casados. Já em 131 a.C. Q. Cecílio Metelo Macedônico havia proferido como censor um discurso famoso, mais tarde relembrado com aprovação por Augusto, sobre a necessidade de aumentar-se a taxa de natalidade. Cecílio Metelo disse: “Se pudéssemos passar sem uma esposa, romanos, todos evitaríamos os inconvenientes, mas como a natureza dispôs que não podemos viver confortavelmente sem ela, devemos ter em vista nosso bem-estar permanente e não o prazer de um momento” (Suetônio, “Augusto”, 89). As “Sátiras” de Juvenal mostram-nos a desmoralização de parte da sociedade feminina. Por outro lado, há evidências na literatura (p. ex., Estácio, e Plínio em suas cartas) e em epitáfios, de que os casamentos felizes não eram raros. O exemplo mais marcante é o elogio preservado numa inscrição, presumivelmente de um certo Lucrécio Vespílio que serviu sob o comando de Pompeu em 48 a.C. e foi cônsul na época de Augusto (em 19 a.C.), a propósito de sua esposa Túria. O elogio registra a coragem e a fidelidade de Túria em meio às aventuras românticas e perigosas com Lucrécio Vespílio, tanto durante o noivado como ao longo de quarenta anos de vida conjugal. Aparência pessoal As mulheres nobres desfrutavam de um certo prestígio e tinha de pagar especial atenção pela sua aparência. Sendo que o mais importante era o estilo de cabelo: muito bem elaborado, com diversos tipos de enfeites, e complementando com brincos e pulseiras de pedras preciosas, colares ou gargantilhas. Os vestidos eram sempre longos combinando com um manto bordado com cores variadas. Maternidade Nos textos de Soranus (por volta do século I), lemos que a prática do aborto era usada naquela época (sempre em casos de perigo para a criança ou a mãe) com o uso de abortivos. Em comparação com os métodos adotados nos dias de hoje as mulheres provocavam o aborto de diversas maneiras: apertando os seios exageradamente, tomando bebidas extremamente geladas, consumindo mel em grandes quantidades, ingerindo óleo de quinino, inserindo um feixe de palha na uretra para perfurar o útero, ou tomando certas misturas preparadas com o uso de vinhos. O homem O mundo dos antigos romanos era dividido em duas macro-categorias: homens livres e escravos, cidadãos Romanos e estrangeiros (“peregrini”). Os escravos viviam por toda parte, na maioria prisioneiros de guerra e em alguns casos cidadãos livres que eram vendidos para pagar dívidas. Os escravos eram os ideais para serem vendidos. Sem nenhum direito, desempenhavam trabalhos pesados bem como tarefas intelectuais, dependendo do nível de instrução de cada um. E raramente podiam ganhar a liberdade de seus senhores. Todos os cidadãos livres tinham três nomes: o “praenomen” (nome de batismo), o “nomen” (nome de família) e o “cognomen” (último nome). Usualmente se vestiam com simplicidade; uma túnica que ia até os joelhos e uma espécie de sapatilha de cano alto. Em ocasiões especiais vestiam uma “toga”, um manto bordado semicircular feito de lã. Os cidadãos comuns trajavam uma túnica branca enquanto os senadores, soldados e membros da cavalaria usavam túnicas com uma púrpura bordada. Esta última também era usada por homens com menos de 17 anos de idade. O homem era o “pater familias”, ou o cabeça da família. O conceito de família tinha grande significado para os romanos: consistia não somente de marido, esposa e filhos, mas também de avós, netos, e bisnetos. Desse modo a sucessão familiar mantinha o patrimônio protegido. Fonte: www.starnews2001.com.br Roma Antiga Doze Césares Quem foram os doze homens que levaram o Império Romano ao apogeu, com o passar dos séculos? Abaixo estão listados os governantes que controlaram grande parte do mundo antigo durante um largo período: Caio Júlio César Otávio César Augusto Tibério Nero César Caio César Calígula Tibério Cláudio Druso Nero Cláudio César Sérvio Suplício Galba Marco Sálvio Óton Aulo Vitélio Tito Flávio Vespasiano Tito Vespasiano Augusto Tito Flávio Dominicano

O mais vasto Império da Antiguidade. Tem como marco a lendária fundação de Roma pelos gêmeos Rômulo e Remo, em 753 a.C., que se torna o centro político do Império. Sua queda, em 476, marca o começo da Idade Média. Entre seus legados estão o alfabeto latino, que dá origem a várias línguas contemporâneas, e o direito romano, base do sistema jurídico ocidental. A formação e o povoamento de Roma resultam do encontro de três povos que habitavam a península Itálica: os etruscos, de origem asiática, ao norte; os gregos, na região conhecida como Magna Grécia, ao sul; e os italiotas, de origem indo-européia, ao centro. Inicialmente Roma divide a sociedade em patrícios (nobreza territorial e militar) e plebeus (artesãos, comerciantes e pequenos proprietários), adota a Monarquia como sistema político e possui economia agrária. Nas artes os romanos desenvolvem a arquitetura com arcos e abóbadas, o mural decorativo, a pintura de afrescos e a escultura. A religião romana é politeísta, com sacrifícios rituais, e seus deuses equivalem às divindades gregas. Entre 753 a.C. e 509 a.C., Roma tem sete reis, quatro latinos e três etruscos. O governo é exercido por um rei vitalício e pelo Senado, que congrega apenas patrícios. Diante da centralização do poder nas mãos dos reis etruscos, os patrícios derrubam a Monarquia e implantam a República. República Essencialmente aristocrática, a República (509 a.C.-27 a.C.) tem o Senado como órgão supremo de governo. Os senadores, vitalícios, supervisionam as finanças públicas, dirigem a política externa e administram as províncias. As funções executivas são distribuídas entre os membros da Magistratura, como os cônsules e os tribunos da plebe. Os tribunos surgem no decorrer do período da República em conseqüência da luta dos plebeus por direitos políticos. Entre suas conquistas se destaca a Lei das Doze Tábuas (451 a.C.-449 a.C.). Até então transmitidas por via oral e totalmente manipuladas pelos patrícios, as leis passam a ser escritas e públicas. Expansionismo A partir de 510 a.C., Roma dedica-se à conquista de toda a península Itálica. Em 264 a.C., o interesse pelo domínio da Sicília coloca Roma em conflito com Cartago, dando início às Guerras Púnicas (264 a.C.-201 a.C.), das quais sai vencedora. De 200 a.C. até o fim do Império Romano do Ocidente, em 476, atravessa seis séculos de contínua expansão territorial. Os romanos conquistam a Macedônia e a Grécia, a Ásia Menor, o Egito, a Cirenaica (atual Líbia), a península Ibérica, a Gália (França), a Germânia (Alemanha), a Ilíria (Albânia), a Trácia, a Síria e a Palestina. As numerosas conquistas afetam a estrutura e o modo de vida dos romanos. Roma deixa de ser agrária e torna-se mercantil, urbana e luxuosa. O Exército vira uma instituição poderosa e o escravismo passa a ser o modo de produção dominante. Crise na República Nos séculos III a.C. e II a.C., as reformas defendidas pelos irmãos Tibério e Caio Graco em benefício da plebe e as lutas entre patrícios e plebeus enfraquecem o Senado. O I Triunvirato surge em 60 a.C., formado por Crasso, Pompeu e Júlio César. Em 46 a.C., Júlio César (100 a.C.-44 a.C.) põe fim à República e torna-se ditador. É assassinado dois anos depois. Emílio Lépido, Marco Antônio (82 a.C.?-30 a.C.) e Otávio (63 a.C.-14 d.C.) compõem o II Triunvirato em 43 a.C.

Mas disputas internas levam à repartição dos domínios de Roma em 40 a.C.: Marco Antônio fica com o Oriente, Lépido com a África e Otávio com o Ocidente. Otávio empreende várias manobras políticas no Senado, que lhe acabam atribuindo plenos poderes. Em 27 a.C. recebe o título de Augusto (filho divino), iniciando o Império. Império Otávio Augusto procura fortalecer ainda mais seu poder com a organização de um Exército de 300 mil homens. Depois de sua morte, os outros governantes dessa dinastia são Tibério, entre 14 e 37, Calígula, entre 37 e 41, Cláudio, entre 41 e 54, e Nero, entre 54 e 68. Seguem-se as dinastias dos flávios (69-96) e dos antoninos (96-192). Com os antoninos o Império vive o chamado Século de Ouro (séculos I e II). Roma atinge sua maior extensão territorial com Trajano, entre 98 e 117. Além de pacificar o Império, Adriano, entre 117 e 138, faz uma reestruturação política e militar e a codificação do direito romano. Sob o reinado de Marco Aurélio (161-181) há grande progresso cultural. Decadência do Império Na dinastia seguinte, dos severos (193-235), a fragilidade da economia, a desigualdade social, a corrupção do sistema e a politização do Exército começam a abalar o Império. Com o fim da expansão territorial, o número de escravos diminui, afetando diretamente a produção agrícola e o comércio. O Império, que vivia basicamente dos tributos cobrados, é obrigado a emitir moeda, desencadeando um processo inflacionário. A redução do contingente militar facilita ainda mais a penetração de povos bárbaros. A crise é acentuada pela popularização do cristianismo, combatido pelos romanos por ser monoteísta e negar a escravidão e o caráter divino do imperador. Em 395, diante dessa situação, Teodósio divide o Império em Império Romano do Ocidente, com centro em Roma, e Império Romano do Oriente ou Império Bizantino, com capital em Constantinopla. O Império do Ocidente subsiste por 80 anos e se extingue em 476. Sua queda marca o fim da Antiguidade e o começo da Idade Média. Fonte: geocities.yahoo.com.br Império Romano 27 a.c á 476 d.c. Depois de um século de lutas civis, o mundo romano estava desejoso de paz. Octavius Augustus se encontrou na situação daquele que detém o poder absoluto num imenso império com suas províncias pacificadas e em cuja capital a aristocracia se encontrava exausta e debilitada. O Senado não estava em condições de opor-se aos desejos do general, detentor do poder militar. A habilidade de Augustus – nome adotado por Octavius em 27 a.C. – consistiu em conciliar a tradição Republicana de Roma com a de monarquia divinizada dos povos orientais do império. Conhecedor do ódio ancestral dos romanos à instituição monárquica, assumiu o título de imperador, por meio do qual adquiriu o Imperium, poder moral que em Roma se atribuía não ao rei, mas ao general vitorioso. Sob a aparência de um retorno ao passado, Augustus orientou as instituições do estado romano em sentido oposto ao republicano. A burocracia se multiplicou, de forma que os senadores se tornaram insuficientes para garantir o desempenho de todos os cargos de responsabilidade. Isso facilitou o ingresso da classe dos cavaleiros na alta administração do império. Os novos administradores deviam tudo ao imperador e contribuíam para fortalecer seu poder. Pouco a pouco, o Senado – até então domínio exclusivo das antigas grandes famílias romanas – passou a admitir italianos e, mais tarde, representantes de todas as províncias. A cidadania romana ampliou-se lentamente e somente em 212 d.C. o imperador Marcus Aurelius Antoninus, dito Caracalla, reconheceu todos os súditos do império. O longo período durante o qual Augustus foi senhor dos destinos de Roma, entre 27 a.C. e 14 d.C., caracterizou-se pela paz interna (Pax Romana), pela consolidação das instituições imperiais e pelo desenvolvimento econômico. As fronteiras européias foram fixadas no Reno e no Danúbio, completou-se a dominação das regiões montanhosas dos Alpes e da Península Ibérica e empreendeu-se a conquista da Mauritânia. O maior problema, porém, que permaneceu sem solução definitiva, foi o da sucessão no poder. Nunca existiu uma ordem sucessória bem definida, nem dinástica nem eletiva. Depois de Augustus, revezaram-se no poder diversos membros de sua família. A história salientou as misérias pessoais e a instabilidade da maior parte dos imperadores da Dinastia Julius-Claudius, como Caius Julius Caesar Germanicus, Caligula, imperador de 37 a 41 d.C., e Nero, de 54 a 68 d.C.. É provável que tenha havido exagero, pois as fontes históricas que chegaram aos tempos modernos são de autores que se opuseram frontalmente a tais imperadores. Mas se a corrupção e a desordem reinavam nos palácios romanos, o império, solidamente organizado, parecia em nada ressentir-se. O sistema econômico funcionava com eficácia, registrava-se uma paz relativa em quase todas as províncias e além das fronteiras não existiam inimigos capazes de enfrentar o poderio de Roma. Na Europa, Ásia e África, as cidades, bases administrativas do império, cresciam e se tornavam cada vez mais cultas e prósperas. As diferenças culturais e sociais entre as cidades e as zonas rurais que as cercavam eram enormes, mas nunca houve uma tentativa de diminuí-las. Ao primitivo panteão romano juntaram-se centenas de deuses e, na religião como no vestuário e em outras manifestações culturais, difundiram-se modismos Egípcios e Sírios. A partir de suas origens obscuras na Judéia, o cristianismo foi-se aos poucos propagando por todo o império, principalmente entre as classes baixas dos núcleos urbanos. Em alguns momentos, o rígido Monoteísmo de Judeus e cristãos se chocou com as conveniências políticas, ao opor-se à divinização, mais ritual que efetiva, do imperador. Registraram-se então perseguições, apesar da ampla tolerância religiosa de uma sociedade que não acreditava verdadeiramente em nada. O império romano só começou a ser rígido e intolerante em matéria religiosa depois que adotou o cristianismo como religião oficial, já no século IV. O século II, conhecido como o Século dos Antoninus, foi considerado pela historiografia tradicional como aquele em que o Império Romano chegou a seu apogeu. De fato, a população, o comércio e o poder do império se encontravam em seu ponto máximo, mas começavam a perceber-se sinais de que o sistema estava à beira do esgotamento. A última grande conquista territorial foi a Dácia e na época de Trajanus (98-117 d.C.) teve início um breve domínio sobre a Mesopotâmia e a Armênia. Depois dessa época, o império não teve mais forças para anexar novos territórios. Uma questão que os historiadores nunca conseguiram esclarecer de todo foi a da causa da decadência de Roma. Apesar da paz interna e da criação de um grande mercado comercial, a partir do século II não se registrou nenhum desenvolvimento econômico e provavelmente também nenhum crescimento populacional. A Itália continuava a registrar uma queda em sua densidade demográfica, com a emigração de seus habitantes para Roma ou para as longínquas províncias do Oriente e do Ocidente. A agricultura e a indústria se tornavam mais prósperas quanto mais se afastavam da capital. No fim do século II, começou a registrar-se a decadência. Havia um número cada vez menor de homens para integrar os exércitos, a ausência de guerras de conquista deixou desprovido o mercado de escravos e o sistema econômico, baseado no trabalho da mão-de-obra escrava, começou a experimentar crises em conseqüência de sua falta, já que os agricultores e artesãos livres haviam quase desaparecido da região ocidental do império. Nas fronteiras, os povos bárbaros exerciam uma pressão crescente, na tentativa de penetrar nos territórios do império. Mas se terminaram por consegui-lo, isso não se deveu a sua força e sim à extrema debilidade de Roma. O século III viu acentuar-se o aspecto Militar dos Imperadores, que acabou por eclipsar todos os demais. Registraram-se diversos períodos de anarquia militar, no transcurso dos quais vários imperadores lutaram entre si devido à divisão do poder e dos territórios. As fronteiras orientais, com a Pérsia, e as do norte, com os povos germânicos, tinham sua segurança ameaçada. Bretanha, Dácia e parte da Germânia foram abandonadas ante a impossibilidade das autoridades romanas de garantir sua defesa. Cresceu o banditismo no interior, enquanto as cidades, empobrecidas, começavam a fortificar-se, devido à necessidade de defender-se de uma zona rural que já não lhes pertencia. O intercâmbio de mercadorias decaiu e as rotas terrestres e marítimas ficaram abandonadas. Um acelerado declínio da população ocorreu a partir do ano 252 d.C., em conseqüência da peste que grassou em Roma. Os imperadores Aurelianus, regente de 270 a 275 d.C., e Diocletianus, de 284 a 305 d.C., conseguiram apenas conter a crise. Com grande energia, o último tentou reorganizar o império, dividindo-o em duas partes, cada uma das quais foi governado por um augusto, que associou seu governo a um cesar, destinado a ser o seu sucessor. Mas o sistema da Tetrarquia não deu resultados. Com a abdicação de Diocletianus, teve início uma nova guerra civil. Constantinus I favoreceu o cristianismo, que gradativamente passou a ser adotado como religião oficial. A esclerose do mundo romano era tal que a antiga divisão administrativa se transformou em divisão política a partir de Theodosius I, imperador de 379 a 395 d.C., o último a exercer sua autoridade sobre todo o império. Este adotou a Ortodoxia Católica como religião oficial, obrigatória para todos os súditos, pelo edito de 380 d.C.. Theodosius I conseguiu preservar a integridade imperial tanto ante a ameaça dos bárbaros quanto contra as usurpações. No entanto, sancionou a futura separação entre o Oriente e o Ocidente do império ao entregar o governo de Roma a seu filho Honorius, e o de Constantinopla, no Oriente, ao primogênito, Arcadius. A parte oriental conservou uma maior vitalidade demográfica e econômica, enquanto que o império ocidental, no qual diversos povos bárbaros efetuavam incursões, umas vezes como atacantes outras como aliados, se decompôs com rapidez. O rei godo Alarico saqueou Roma no ano 410 d.C.. As forças imperiais, somadas às dos aliados bárbaros, conseguiram entretanto uma última vitória ao derrotar Átila nos Campos Catalaúnicos, em 451 d.C. O último imperador do Ocidente foi Romulus Augustus, deposto por Odoacrus no ano 476d.C., data que mais tarde viria a ser vista como a do fim da antiguidade. O império oriental prolongou sua existência, com diversas vicissitudes, durante um milênio, até a conquista de Constantinopla pelos Turcos, em 1453. Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br Império Romano A fundação de Roma aconteceu no décimo primeiro dia antes das calendas de maio. Quanto a esse ponto todos concordam, e os romanos comemoram a data como aniversário de sua pátria. A História romana começa por um período mais ou menos lendário, durante o qual a tradição clássica faz reinar sete reis sucessivos de 753 a 510 a.C. Em 510, quando foi proclamada a República, Roma, cuja população resultava da fusão dos Ramnenses (Latinos), dos Ticienses (Sabinos) e dos Lúceres (Etruscos), já possuía um certo número de instituições: patriciado e clientela, assembléia curial, senado… O estabelecimento da República deu lugar à criação de novas funções. Tais como o consulado e a ditadura. Os primeiros tempos da República foram preenchidos quase totalmente pela luta dos patrícios e dos plebeus, que terminou no ano 300 pela admissão destes a todas as magistraturas. Solidamente constituída no interior, Roma pensou então em dilatar o seu território: de 496 a 270, conquistou o resto da Itália; de 264 a 201 fez as duas primeiras guerras púnicas; de 200 a 130, interveio no Oriente, destruiu Cartago (terceira guerra púnica, 146), transformou a Grécia em província romana, passando a experimentar a influência benéfica dos Helenos vencidos. As lutas internas, porém, perderam a República (rivalidade de Mário e de Sila; triunvirato de César, Pompeu e Crasso; rivalidade de Pompeu e César depois da conquista da Gália; ditadura e assassinato de César; rivalidade de Otávio e Antônio). Vencedor em Áccio em 31 a.C., Otávio ficou exclusivo senhor do mundo antigo; foi proclamado imperador (imperator) sob o nome de Augusto, reunindo nas suas mãos todos os poderes, todas as magistraturas. O próprio Virgílio, poeta da glória romana, havia apontado a grandiosa missão de Roma, e foi com força civilizadora que ela ascendeu e dominou. Suas maiores conquistas foram completadas nos dias da República. Em sete séculos, uma aldeia de pastores junto ao Tibre, que se pretende fundada pelos gêmeos Rômulo e Remo em 753 a.C., tornou-se senhora do Mediterrâneo e de grande parte da Europa continental. Conseguiu-o apenas pelo valor de seus lavradores-soldados, por seu gênio organizador e sua habilidade em fazer que as nações subjugadas se sentissem à vontade sob a águia romana. Um governo admiravelmente equilibrado, concebido para administrar uma cidade apenas, regia todo o império. O Senado romano, composto de romanos conceituados, supervisionava toda a legislação, controlava os gastos, tratava com potências estrangeiras, decidia sobre guerra e paz e, em conjunto, representava Roma. A maioria dos patriotas que cravaram seus punhais em Júlio César, nos Idos de Março de 44 a.C., eram senadores. Para eles, o ato sanguinário era o único meio de salvar a República. Contudo, matando o possível monarca, eles não mataram a ambição. O sobrinho-neto e filho adotivo de César, Augusto, logrou êxito onde falhara seu pai de criação. E assim nasceu um império que duraria cinco séculos, protótipo de todos os impérios coloniais dos tempos modernos. Entre seus setenta e tantos imperadores houve homens bons, maus e medíocres, sábios, cruéis, fracos e fortes. Um deles, Marco Aurélio, filósofo, deixou-nos suas Meditações, livro inspirador. Alguns, como Trajano, o Espanhol, provinham de outras terras. Outros, pretendentes rivais ao trono, combateram-se mutuamente até à morte. Teoricamente, o Imperador era o melhor homem disponível. Na prática, muitas vezes não passava de um reles cavaleiro de fortuna. Seu poder, constituído pela soma total de todos os postos-chave administrativos e eletivos da extinta República, era absoluto. O Senado foi reduzido à impotência. Enquanto gozasse de popularidade junto às forças armadas, o governante pairava acima da lei. O assassinato, única forma de reação a esse governo de um só homem, era usado franca e eficientemente. Por volta do século III da era cristã, já o Império se estendia desde a Bretanha até à fronteira da Pérsia; do Reno e do Danúbio às areias do Saara. Cerca de 100 milhões de pessoas o habitavam. Um exército de 300.000 legionários bem pagos garantia a sua defesa. Uma rede de estradas — algumas das quais conservam até hoje seus bem construídos pavimentos romanos — entrecruzava-se por todo o vasto domínio. Naves de guerra patrulhavam as águas. O correio deslocava-se a uma espantosa velocidade de 65 quilômetros por dia. Mercadorias dos extremos da Terra chegavam continuamente a Roma. À exceção de ocasionais incidentes de fronteira, a famosa Pax Romana permaneceu intacta durante 250 anos. O Império era um lugar seguro para se viver. Uma civilização uniforme mantinha solidamente unidas as províncias. Em todas as cidades importantes, os deuses romanos eram cultuados nos mesmos grandes templos colunados. Jogos espetaculares e sangrentos — combates de gladiadores, corridas de carros, lutas com animais ferozes — eram promovidos nos mesmos estádios gigantescos. Funcionários civis altamente preparados distribuíam justiça. A propriedade era protegida. O crime era punido, mas os cidadãos romanos podiam invocar o direito de serem julgados pelo próprio Imperador. Como padrão da arte de governar e de organização, o Império jamais foi suplantado. Roma era o centro palpitante desse superestado. Com cerca de 19 quilômetros de circunferência, tinha-se tornado a maravilha do mundo. Desde que o primeiro imperador, Augusto, em suas próprias palavras, a encontrou “feita de tijolos e deixei-a feita de mármore”, uma série de governantes havia esbanjado somas fabulosas no embelezamento de Roma. Um estádio, o Circus Maximus, acomodava 250.000 espectadores. Onze aquedutos traziam diariamente mais de 1,3 bilhões de litros de água fresca das montanhas para a capital. Balneários, cujos grandes átrios abobadados eram milagres de engenharia, enchiam-se, todos os dias, de romanos que trocavam boatos e se distraíam. Contemplada da Colina de Palatino, suntuoso palácio dos césares, Roma era uma vista tão magnificente que um príncipe persa, visitando-a no ano 357 da nossa era, admirou-se: “As pessoas serão mortais aqui?” Hoje, porém, sabemos que essa magnificência era, na realidade, pouco mais que uma miragem. A disseminação da riqueza era reduzida; o que faltava a Roma era uma alta classe média. As estatísticas mostram que a mesma Roma que deslumbrava os visitantes com sua grandeza imperial possuía apenas 1.800 residências particulares suntuosas — ao lado de 46.600 cortiços miseráveis. Um minúsculo grupo de elite social equilibrava-se precariamente sobre um proletariado miserável e fervilhante, que vivia de migalhas imperiais e do proverbial “pão e circo”. Nem a opulência dos que estavam por cima era tão extravagante ou “obscena” como a imaginam ficcionistas. As aparências eram mantidas quase que só com custosos banquetes. “Muita tolice tem sido dita sobre o luxo dos romanos como uma das causas de seu declínio”, escreve J. C. Stobart em A Grandeza que foi Roma. E, se esquecermos a depravação pessoal de certos imperadores, a sociedade romana não parece devassa ou perversa. Crime organizado, drogas, marginais, poluição urbana — Roma não tinha realmente qualquer desses problemas. Muito embora, a prostituição, masculina e feminina, fosse um fato da vida, e o divórcio fosse fácil, seria preciso torcer a História para afirmar que Roma “declinou e caiu” por causa da corrupção moral. Então, que estava errado? Em primeiro lugar, a busca da felicidade era bloqueada a cada passo por um sistema social inflexível. Poucos conseguiam esgueirar-se através das barreiras sociais. Uma poderosa burocracia, cujos métodos incluíam a tortura, oprimia a população, muitas vezes destruindo-lhe as bases da subsistência. Muitos pequenos agricultores abandonavam as terras de seus antepassados por causa dos impostos esmagadores, indo engrossar as fileiras de uma desesperada população urbana. A escravidão, baseada no trabalho forçado de prisioneiros de guerra, atingiu proporções quase inacreditáveis nos tempos imperiais. Enquanto os traficantes de escravos vasculhavam continentes distantes na busca de mercadoria humana, mercados como o da Ilha de Delos movimentavam diariamente dezenas de milhares de escravos estrangeiros. Os trabalhos pesados eram feitos por eles. Eram os escravos que faziam coisas, que consertavam coisas. Tudo isso deixava pouca margem para o progresso e o espírito inventivo. A tecnologia não progrediu. Não havia mercado, nem procura, para produtos manufaturados. Em vez de uma economia em expansão, o que havia era estagnação. A luxuriante Itália, outrora rico país exportador de agricultura, jazia abandonada. Nos últimos tempos do Império, seus agricultores independentes tinham praticamente desaparecido. Para que trabalhar a terra, se se podia importar vinhos da Grécia, trigo do Norte da África e azeite da Espanha? Uma torrente incessante de ouro deixava a Itália para pagar as importações e para financiar obras megalomaníacas em cidades nas províncias. O dinheiro perdeu todo o significado e o povo instituiu um regime de trocas. Seguiu-se o caos. Um édito do Imperador Diocleciano, congelando preços e salários, chegou até nós. Estabelece penas severas para os especuladores. Por exemplo, os padeiros que vendessem seu pão acima do preço oficial arriscavam-se a ser executados. Ao mesmo tempo, o exército e a administração eram rigorosamente reformados. Os filhos eram obrigados a seguir a profissão dos pais. “Disciplina” era a palavra de ordem do dia. As medidas de Diocleciano contiveram a inflação, e quando, forçado por problemas de saúde, renunciou, no ano 305, conquistara o título de “Refundador do Império”. Cícero falando no Senado Romano Contudo, faltava ainda alguma coisa. O Império era um colosso à procura de uma alma. Sentia-se uma falta de finalidade em todas as fases da vida. Era como se os antigos deuses tivessem perdido seu poder; poucos pensavam que Júpiter e Vênus fossem mais que estátuas decorativas no Capitólio. Os anseios espirituais das massas não eram satisfeitos. Nessas condições, foi a corações aflitíssimos que Paulo, Apóstolo das Gentes, trouxe pela primeira vez a mensagem de salvação. Os primeiros cristãos de Roma eram escravos, proscritos, favelados — os pobres de espírito. Sem dúvida, a desorientação espiritual do mundo pagão favorecia-lhes a causa. Por isso, pouco mais de três séculos após a morte de Cristo, um imperador romano, Constantino, o Grande, abraçou o cristianismo. Fundando a “Nova Roma” — Constantinopla — às margens do Bósforo, ele dividiu o Império em dois. Roma morreu como havia surgido — pela espada. Nas estepes da Ásia acontecera algo que até hoje continua obscuro. Povos punham-se em marcha. Hordas incontáveis de povos semi-selvagens — godos, vândalos, hunos — entraram em rota de colisão com Roma. Com um misto de repugnância e respeito, os romanos chamavam-nos bárbaros. Essa palavra assumiu um toque de Juízo Final. Roma foi três vezes sitiada e saqueada. Numa frenética dança da morte, nove imperadores sucederam-se durante os últimos 20 anos do Império. E quando, em 476, Odoacro, um chefe tribal das florestas do Danúbio, invadiu a Itália e depôs o último Imperador — um jovem chamado Romulus Augustulus — fez-se coroar o primeiro rei bárbaro da Itália. E poucos contemporâneos se detiveram para registrar que acabava de expirar o maior império do mundo. “A história da sua ruína é simples e óbvia”, concluiu Gibbons (Declínio e Queda do Império Romano). “E, em vez de perguntar por que foi o Império destruído, deveríamos antes surpreender-nos com o fato de ter subsistido por tanto tempo.” Que força mágica, bem podemos perguntar, o tinha mantido? Uma resposta a essa pergunta pode ser achada nas antigas virtudes que inspiraram os grandes romanos do passado. Através dos anos de decadência, persistia uma saudade dos “bons tempos de outrora”. Nomes como os de Cícero e Pompeu viviam na memória dos romanos. Os antigos poetas e filósofos continuavam a ser lidos. As famosas histórias dos legendários heróis de Roma eram sempre repetidas. Foi esta força das antigas instituições e idéias, presente, de certa forma, no próprio sangue de cada romano, o que conseguiu que se mantivesse vivo o Império muito tempo depois de ele ter perdido sua razão de ser. Roma simplesmente não podia desaparecer. À medida que antigas províncias — Portugal, França, Itália, Romênia — se transformavam em novas nações, falavam as línguas românicas baseadas no jargão das legiões. O próprio latim permaneceu como a língua do saber. E o Direito romano, apurado por gerações de grandes juristas, nutriu com seus princípios humanos e equilibrados os sistemas jurídicos do mundo ocidental. Mas, acima de tudo, é o conceito romano da dedicação do homem ao bem comum que até hoje governa a nossa consciência cívica. O servidor público moderno, que é investido na mais digna carreira que a nação pode oferecer, tem uma dívida de gratidão para com Roma. Manter vivos e transmitir esses valores foi a função histórica do Império Romano. Seu próprio colapso, quando finalmente sobreveio, já não tinha maior importância. Na morte do Império estava a sua vitória. Sua missão civilizadora estava cumprida. As origens do Império Duas figuras dominaram o fim do regime republicano e o início do Império: Julio César e Augusto. Julio César foi um político e general brilhante que usou os problemas de Roma ao seu benefício. Primeiro, ele formou uma aliança de governo com os cônsules Pompeu e Crasso, chamada de O Primeiro Triunvirato. Depois, após a morte de Crasso, ele declarou a guerra a Pompeu no senado para ganhar o controle total de Roma. Seu erro foi se proclamar ditador – uma decisão que o levou a ser assassinado. Esse fato levantou mais 14 anos de guerra civil entre o herdeiro de César, Augusto e Marco Antonio, o segundo no poder. Ao vencer Antonio em Actium, em 31 a.C., Augusto conquistou o poder de Roma. Brilhantemente, Augusto não se proclamou ditador como Julio César, mas foi através da formação do Principado que ele conquistou o poder vitalício, fazendo o senado pensar que tinha algum poder de mando. O Império havia sido criado. Fonte: www.starnews2001.com.br/www.discoverybrasil.com Império Romano Surgimento do Império Romano O surgimento do Império veio como consequência do esforço de expansão crescente de Roma durante os séculos III e II a.C.. Segundo alguns historiadores, a população sob o domínio de Roma aumentou de 4 milhões em 250 a.C. para 60 milhões em 30 a.C., o que ilustra como Roma teve o seu poder ampliado nesse período, de 1.5% da população mundial, para 25%. Nos últimos anos do século II a.C., Gaius Marius transformou o Legião romana num exército profissional, no qual a lealdade dos soldados de uma legião era declarada ao general que a liderava e não à sua pátria. Este fato, combinado com as numerosas guerras que Roma travou nos finais da República (Invasão dos Cimbros e Teutões, Guerras contra Mitridates, rei do Ponto, entre outras, a culminar nas guerras civis do tempo de César e Augusto) favoreceu o surgimento de uma série de líderes militares (Sulla, Pompeu, Júlio César), que, apercebendo-se da força à sua disposição, começam a utilizá-la como meio de obter ou reforçar o seu poder político. As instituições republicanas encontravam-se em crise desde o princípio do século I a.C., quando Lucius Cornelius Sulla quebrou todas as regras constitucionais ao tomar a cidade de Roma com o seu exército, em 82 a.C., para se tornar ditador vitalício de seguida. Sulla resignou e devolveu o poder ao senado romano, mas no entanto o precedente estava lançado. Júlio César (100-44 a.C.) Esta série de acontecimentos culminou no Primeiro Triunvirato, um acordo secreto entre César, Pompeu e Crasso. Tendo este sido desfeito após a derrota de Crasso em Carrhae (53 a.C.), restavam dois líderes influentes, César e Pompeu; estando Pompeu no lado do Senado, este declara César inimigo de Roma, ao que César respondeu, atravessando o Rubicão e iniciando a Guerra Civil. Tendo vencido Pompeu em Farsalia (Agosto 48 a.C.) e as restantes forças opositoras em Munda (45 a.C.), tornou-se efetivamente a primeira pessoa a governar unipessoalmente Roma, desde o tempo da Monarquia. O seu assassinato pouco tempo depois (Março 44 a.C.), às mãos dos conspiradores liderados por Brutus e Cássio, terminou esta primeira experiência de governo unipessoal do estado romano. Por esta altura, já a República tinha sido decisivamente abalada, e após a derrota final dos conspiradores, o surgimento do Segundo Triunvirato, entre Octávio, Marco António e Lépido, e a sua destruição na Guerra Civil seguinte, culminando na decisiva Batalha de Actium (31 a.C.), deixou Octávio como a única pessoacom poder para governar individualmente Roma, tornando-se efetivamente no primeiro imperador romano, fundando uma dinastia (Júlio-Claudiana) que só a morte de Nero (68 d.C.) viria a terminar. Uma vez que o primeiro imperador, César Augusto, sempre recusou admitir-se como tal, é difícil determinar o momento em que o Império Romano começou. Por conveniência, coloca-se o fim da República em 27 a.C., data em que César Augusto adquire este cognome e em que começa, oficialmente, a governar sem parceiros. Outra corrente de historiadores coloca o princípio do Império em 14 d.C., ano da morte de Augusto e da sua sucessão por Tibério. Augusto (63 a.C.-14 d.C.) Nos meios acadêmicos, discutiu-se bastante a razão pela qual a sociedade romana, habituada a cerca de cinco séculos de república, aceitou a passagem a um regime monárquico sucessório. A resposta centra-se no estado endêmico de guerra civil que se vivia nos anos prévios a Augusto e no longo reinado de quarenta e cinco anos que se seguiu, notável pela paz interna. Com a esperança de vida média em cerca de quarenta e cinco anos, à data da morte de Augusto, o cidadão romano médio não conhecia outra forma de governação e estava já preparado para aceitar um sucessor. O reinado de César Augusto é considerado por todos os historiadores como um período de prosperidade e expansão. A nova estrutura política criada por Augusto designa-se por “principado”, sendo o chefe do império designado por princeps civium (o primeiro dos cidadãos) e ao mesmo tempo princeps senatus (o primeiro do Senado). O termo princeps está na origem da palavra príncipe, que não era o título do chefe do Estado. O título era “César” e foi este que Augusto e seus sucessores adoptaram. Augusto era também comandante-chefe do exército e decidia a guerra ou a paz e auto-nomeou-se “tribuno por toda a vida”. Augusto, que não era especialmente dotado para a estratégia, mas tinha bons generais como Agripa na sua confiança, anexou oficialmente o Egipto, que já estava sob domínio romano havia 40 anos, toda a península Ibérica, a Panónia, a Judeia, a Germânia Inferior e Superior e colocou as fronteiras do Império nos rios Danúbio e Reno, onde permaneceram por 400 anos. O império que Augusto recebeu era vasto e heterogêneo, com várias línguas e vários povos. O grego era a língua mais falada nos territórios orientais, e o latim progredia pouco nestes territórios, mas nos territórios ocidentais era a língua mais falada. Augusto passou a tratar todos os habitantes do império como iguais e visitou várias zonas para verificar quais os problemas de cada província, assim estas floresceram e atingiram o máximo do seu desenvolvimento.
A Torre de Babel é uma história contada no livro de Gênesis da Bíblia que supõe para explicar a origem de diferentes linguagens. Torre de Babel História A história da Torre de Babel, a partir do livro de Gênesis, é usado para explicar por que temos tantos idiomas. A essência da história é que o povo de Sinar (Babilônia) decidiu construir uma torre gigante que iria chegar ao céu. Foi um enorme empreendimento, por isso demorou um longo tempo e muita cooperação entre as pessoas que todos falavam a mesma língua. Depois de um tempo, Deus interrompeu o projeto. Para torná-lo impossível para os trabalhadores de se comunicar, ele obrigou a todos a falar uma língua diferente. Gênesis 11 Torre de Babel 1. E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala. 2. E aconteceu que, como eles viajaram do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali. 3. E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos, e queimá-los completamente. E lhes o tijolo por pedra, eo betume por cal. 4. E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus; e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 5. E o Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam. 6. E disse o Senhor: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isso eles começam a fazer: e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7. Vá para, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. 8. So o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra, e cessaram de edificar a cidade. 9. Therefore é o nome do que chamou de Babel; porque o SENHOR fez ali confundiu a linguagem de toda a terra, e dali que o Senhor espalhá-los no exterior sobre a face de toda a terra. A presunção do Povo Depois do Dilúvio, o homem tinha novamente começado a multiplicar e encher a terra. Todos falavam uma só língua e se entendiam bem. As gerações de pessoas antes do dilúvio estava interessado apenas em si mesmos; eles pensavam em si mesmos como super-homens e viveu cada um por si só; eles usaram a violência ea força contra os seus vizinhos mais fracos, sem prestar atenção às leis e regras. A nova geração da humanidade era diferente. Eles enfatizaram o código oposto de viver. O indivíduo não contava para si mesmo; contava apenas como parte da comunidade, e ele teve que submeter seus próprios interesses aos do grupo. Tivessem eles se limitaram a este tipo de vida social, tudo poderia ter sido bem. Mas exagerou. A tremenda força que cresceu fora de sua organização e boa vontade fez orgulhoso, e seu orgulho fez voltar-se contra Deus. Eles decidiram construir uma torre que era chegar ao céu, para torná-los iguais a Deus, e ao mesmo tempo, para torná-lo possível para que eles ficassem juntos. Este símbolo de sua força divina, como eles pensavam, era para ser construído no vale da terra de Shinear. Sua punição Deus decidiu destruir sua arrogância, destruindo sua capacidade de compreender o outro. Ele, portanto, confundiu as pessoas, dividindo-se em setenta nações e tribos diferentes, cada um com uma linguagem própria, (daí o nome Babel, que significa “confusão”). Quando isso aconteceu, o projeto da torre teve que ser abandonada. Os vários grupos migraram em diferentes direções e se estabeleceram em todas as partes do mundo. A própria Torre estava parcialmente queimado e parcialmente engolido pela terra. Fonte: ancienthistory.about.com/www.chabad.org Torre de Babel A TORRE DE BABEL Texto: Gênesis 10: 8-10 e 11: 1-9 Ninrode foi um bisneto de Noé, era descendente de Cão e filho de Cuse. Começou a se destacar como varão corajoso, caçador e político dentre os habitantes do seu tempo. Ele foi o primeiro líder político-religioso narrado na Bíblia após o dilúvio, que começou a estabelecer um reino ímpio e de rebelião contra o Senhor. Talvez sua primeira atitude de rebelião tenha sido a construção de uma torre, enorme para o seu tempo, obra extraordinária, chamada Babel. Ao mesmo tempo, ao redor desta torre, foi também iniciada a construção de uma cidade que se chamaria Babilônia. 1 – O inimigo começou a usar Ninrode para instalar um centro que seria a sede de um governo seu, donde o erro, a violência, as abominações, o engano, a idolatria, a blasfêmia e as afrontas ao Senhor seriam difundidas a todas as nações e povos da terra. Ele, como virtual “dono da terra” após o pecado, escolhera Ninrode para ser seu representante aqui, e Babilônia como o centro do poder político-religioso que instalara. Este grande edifício que começara a construir – a torre de Babel – era o centro da futura cidade, tinha sete andares, cada um deles dedicado à adoração de um deus. Este começo foi Babel. A Bíblia diz que Deus confundiu a língua dos construtores, que não puderam concluir a obra. Babel em hebraico significa “confusão”, da raiz “balal”. Esta torre, também, ficou conhecida como Etemenanki ou “casa do fundamento do céu e da terra”.
2 – Com a confusão das línguas, a torre jamais foi construída totalmente, porém a cidade posteriormente o foi. Tudo isso aconteceu na terra de Sinear, conhecida como Mesopotâmia. As torres construídas na Mesopotâmia recebiam o nome de Zigurates, pois eram torres-templos que serviam para a adoração de deuses. A torre de Babel tinha 90 metros de altura e fora projetada com esta mesma finalidade. Os erros, abominações e idolatrias do paganismo, praticadas em Babilônia, atravessaram os séculos e chegaram até nossos dias, alguns um pouco modificados, adaptados ou dissimulados de uma ou de outra forma, no sincretismo encontrado em religiões que se intitulam cristãs. Deus fez cessar a construção da torre, porque sabia os danos que os erros e abominações surgidas na antiga Babilônia haveriam de causar às nações e povos durante séculos. Babilônia, construída às margens do rio Eufrates, veio no decorrer dos séculos, a se tornar a capital de um poderoso império que cresceu e se desenvolveu a grandes proporções. Foi considerado um dos mais ricos do mundo antigo, mas tornou-se o centro da idolatria, da feitiçaria e das abominações, onde a astrologia, a superstição, o erro e o engano, a mentira e a violência chegaram a uma dimensão tão grande, pela sua prática e difusão por todos os povos e nações, que Deus determinou um limite o qual não poderia ser ultrapassado. A glória e o orgulho dos caldeus, deveria permanecer até que a “medida da iniquidade” ficasse cheia. Deus usou o segundo grande império universal – o Medo-persa – de que fala o profeta Daniel, no capítulo 2, para executar o juízo e destruir Babilônia. Os profetas Isaías (cap. 13 e 47) e Jeremias (cap. 50 e 51) falaram anteriormente da destruição deste reino e desta cidade. O rei persa Ciro, foi o “martelo” que Deus usou para executar estas previsões. 3 – Com a destruição de Babilônia, o inimigo procurou outra cidade onde pudesse “instalar seu trono”, ter seus súditos e representantes aqui na terra, e continuar com seu centro político-religioso do erro, do engano e das abominações. A cidade escolhida foi a Roma pagã e depois papal, como sede deste governo (Apoc 17: 9 e 18) que a seu tempo, se tornaria o centro da suprema autoridade religiosa, segundo a vontade do poder das trevas que a sustenta até hoje sobre todas as nações da terra. Percebe-se facilmente através da Palavra de Deus – e a história o confirma – que o poder político-religioso instalado em Roma é a sede de toda sorte de erros e abominações que afrontam ao Senhor. 4 – No livro de Apocalipse, capítulos 17 e 18, o apóstolo João narra as visões que lhe foram mostradas pelo Senhor Jesus, sobre a “Babilônia dos nossos dias”, sua queda e destruição. Ela é mostrada como uma prostituta assentada sobre muitas nações, vestida soberbamente de púrpura e escarlata, envolvida por luxo e riquezas, ouro, pérolas e pedras preciosas. Na sua mão há um cálice cheio de abominações e imundícies com as quais embebedou as nações da terra. Na sua testa estava o título que traduz a sua essência: “Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra”. Se formos examinar a história, vamos perceber com mais facilidade o significado das visões de João. A igreja romana surgida no século III, no reinado de Constantino I, foi a forma usada pelo inimigo para colocar em prática seu plano de desviar a humanidade do caminho do Senhor. A igreja romana uniu as abominações do paganismo que surgiram na antiga Babilônia com o culto cristão, corrompendo-o completamente. A partir daí as perseguições aos que não aceitassem a nova religião se generalizaram. Milhões foram mortos e torturados pela “Santa Inquisição”. Os que conseguiam fugir tinham seus bens e terras confiscadas pelo tesouro da igreja e suas casas queimadas a fogo. Os judeus foram massacrados pela igreja católica, acusados de “assassinos de Jesus” e também por não se converterem ao catolicismo. As cruzadas organizadas pelos reis e incentivadas ideologicamente pelos papas, partiram para conquistar Jerusalém enquanto iam deixando um rastro de morte e destruição por onde passavam. Ao chegarem à Terra Santa, mataram todos que julgaram inimigos da “fé cristã” e encheram a terra de idolatria, templos e capelas católicas que são vistas até os dias de hoje. Com o passar dos séculos, a igreja católica apostólica romana não cessou de inovar, introduzindo dogmas que muitas vezes suplantam a Palavra de Deus e ensinando coisas que se originaram na antiga Babilônia, aos seus incautos seguidores por todo o mundo. Mas uma das maiores afrontas ao Senhor Jesus é o próprio papado. O papa é o Ninrode dos nossos dias, um líder político-religioso que tem difundido as práticas da moderna Babilônia, e da mesma forma como o Senhor julgou a Babilônia do passado, esta também terá o seu juízo. CONCLUSÃO O capítulo 18 de Apocalipse nos mostra o fim da Babilônia dos últimos dias. Ninguém jamais imaginou que a antiga Babilônia chegasse um dia ao fim, mas isso aconteceu. O mesmo acontecerá com sua atual substituta, pois a medida do seu pecado está prestes a atingir seu limite de tolerância. O Senhor fará se abater sobre ela a destruição e o pavor, e todos se espantarão daquilo que seus olhos verão. Babilônia será queimada a fogo juntamente com suas abominações, e o sangue dos apóstolos, profetas e servos que foram mortos por ela, será vingado. Mas antes o Senhor faz uma solene exortação: “Sai dela povo meu, para que não sejais participantes dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas (Apoc 18: 4). Fonte: amoaosenhor.files.wordpress.com Torre de Babel A história da torre de Babel. Gn 10 – 11 A história da Torre de Babel, em Gênesis 10 – 11, é uma jóia da literatura universal. Inclui os nomes dos ancestrais dos quais descendem todos os povos e nos diz como e quando a humanidade, que até então gozava de unidade racial e lingüística, foi dividid a em nações separadas, com línguas distintas e territórios geográficos específicos. Estes capítulos do Gênesis são o fundamento da etnologia, da geografia, e da própria história. Para o propósito deste estudo, que é panorâmico, vamos destacar apenas o essencial. Começaremos com a história da torre de Babel, relatada no capítulo 11. O surgimento das nações (ver 10.5,20,31) não pode ser entendido à parte da confusão das línguas que oc orreu durante a construção da torre (ver 11.1,6). 1. O reino e a torre de Ninrode Torre de Babel No princípio, “havia apenas uma linguagem… o povo era um só. Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinear, e habitaram ali ” ( Gn 11.1 ,6). Esta foi a primeira imigração da nova humanidade, a descendência de Noé. Sinear ficava na parte sul da Mesopotâmia , junto ao Golfo Pérsico (Elão). “E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos… Edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo topo chegue até aos céus…” (Gn 11.3 – 4). Ao que parece, essa construção foi liderada por um certo Ni nrode ( Gn 10.6 – 10). A construção foi pecaminosa porque envolveu: Orgulho. Eles disseram: “…tornemos célebre o nosso nome…” (11.4). Não pensaram em Deus, mas em si mesmos e na sua própria glória. Rebeldia. Disseram também: “…para que não sejamos espalhados por sobre a terra” (11.4). A vontade expressa de Deus era justamente o contrário (ver Gn 1.28; Gn 9.1,7). O nome Ninrode quer dizer “o rebelde”. Idolatria. A torre de Babel, muito provavelmente, foi uma torre templo ou zigurate, e marcou o início da idolatria. Os antigos construíam essas torres para adorar os astros. A astrologia começou na Babilônia (Babel). Alguns zigurates ainda existem em Ur e Ereque, na região de Sinear. São de tijolos queimados, como os que foram usados na construção da torre de Babel (Gn 11.3). 2. A confusão das línguas e formação das nações Como castigo por sua rebeldia e para forçá-los à dispersão e consequente formação de diferentes povos, o Senhor lhes confundiu a linguagem (11.5-9). Babel quer dizer “ele confundiu”. No princípio, um não entendia o outro. Depois, encontraram-se os que podiam se entender. Formaram núcleos distintos. Posteriormente descobriram – e isto é muito interessante – que os núcleos iniciais correspondiam às descendências distintas de Sem, Cam e Jafé, os filhos de Noé (Gn 10.1,5,20,31). Os etnólogos descobriram que no passado remoto da humanidade houve TRÊS grupos distintos de povos: ARIANO: correspondente a Jafé TURANIANO: correspondente a Cão SEMÍTICO: correspondente a Sem 3. A separação dos territórios Estes núcleos de nações vieram a ocupar territórios que o próprio Deus lhes designara (10.25), e somente mais tarde, depois desta primeira repartição da terra, dividiram entre as suas próprias famílias os respectivos territórios, movidos ainda por um impulso divino irresistível (10.5,20,31. Ver Dt 32.8; Jr 18.7-10; At 17.26). a. Os Jafetitas (10.2-5) dirigiram-se para o norte, isto é, Europa e parte da Ásia. Deles descendem os povos europeus: celtas, gauleses, irlandeses, franceses (de Gômer), russos (de Magoque, Tubal e Meseque), medos e persas (de Madai), jônios ou gregos (de Javã), trácios (de Tiras). b. Os Camitas (10.6-20) foram para o sul, isto é, África e Arábia Meridional. Alguns dos seus descendentes foram os primeiros a desobedecer a designação de territórios feita por Deus: os etíopes (de Cuxe) ficaram na Etiópia, mas os cananitas, os heteus, os sidomitas, os jebuseus, os amorreus e outros foram para a Palestina (Canaã), território dos semitas. Somente ao tempo de Josué, e por uma intervenção divina, este território seria restaurado aos descendentes dos donos originais, os israelitas (Semitas). c. Os Semitas (10.1-31) ocuparam a maior parte do território entre os jafetitas e os camitas. São semitas: os elamitas (junto ao Golfo Pérsico), Assírios (de Assur), Caldeus (de Arfaxade), hebreus (de Heber) Sírios (de Arã). A designação da região central para os sem certamente deveu-se ao propósito divino de abençoar as nações através de um povo semita, a descendência de Abraão (Gn 12.3). É muito interessante notar nesta distribuição de territórios as intenções missionárias de Deus, desde os primórdios. Ele determinou que os Semitas se estabelecessem no centro, entre os Jafetitas e os Camitas, e escolheu Abrão e sua descendência, Semitas, para, por meio deles alcançar e abençoar todas as nações.“Disse Deus a Abraão: “De ti farei uma grande nação… em ti serão benditas todas as famílias da terra”(Gm 12.2,3. Ver Sl 96.2,3,10). Éber Lenz Cesar Fonte: eberlenzcesar.blog.br Torre de Babel Etemananki, ou Torre de Babel, era o principal zigurate da Babilônia e o ponto mais importante da cidade. Cidades dos tempos sumérios, babilônicos e assírios possuíam zigurates, ou torres construídas em andares, de vários tamanhos. Erguendo-se a cerca de 91 metros de altura, o Etemananki foi o maior e mais imponente zigurate já construído. Ele dominava o céus da cidade e era o centro da vida religiosa na Babilônia. Etemananki significa “apedra de fundação do céu e da terra”. O Etemananki começou a ser construído pelo rei Nabopolassar e foi completado por seu filho Nabucodonossor. Vista esquemática do zigurate de Marduk na Babilônia, o Etemananki FINALIDADE Em primeiro lugar, um zigurate não é uma pirâmide: a) zigurates têm andares, e são constuídos em estágios, enquanto que uma pirâmide é triangular e de quatro lados; b) um zigurate tem função religiosa, enquanto que a pirâmide é um túmulo para um rei ou pessoa de importância; c) pirâmides são do Egito, enquanto que zigurates são encontrados na Mesopotâmia, América do Sul (incas) e Ásia. O Etemananki era um prédio religioso, com um templo dedicado a Marduk, o Deus principal da Babilônia, representando o poder deste Deus. No topo estava localizado este templo, onde o rei Nabucodonossor principalmente, tomou parte em muitos rituais. O templo tinha outros usos, como uma plataforma de observação para os astrônomos fazerem suas medições e observações. Também era usado como ponto de observação para proteção da cidade e arredores. Etemananki consistia de sete estágios e um templo, algumas vezes chamado de oitavo estágio. Planta dos andares (vistos a partir do lado Sul) História A Torre de Babel é mencionada no livro bíblico do Gênesis como uma torre enorme construída pelos descendentes de Noé, com a finalidade de tocar os céus. Deus, irado com a ousadia humana, teria feito com que todos os trabalhadores da obra começassem a falar em idiomas diferentes, de modo a que não se pudessem entender, e assim, acabaram por abandonar a sua construção. Foi neste episódio que, segundo a Bíblia, explica a origem dos idiomas na humanidade. (Gênesis 10:10; 11:1-9) Babel foi umas das primeiras cidades construidas após o Dilúvio bíblico. Veio a pertencer ao reino mesopotâmico de Ninrode (ou Nimrod). É sinônimo de Babilónia. Apesar de seu aspecto mitológico, a Torre de Babel pode ter sido realmente construída. Os arqueólogos acreditam que a Torre de Babel terá sido a Torre-templo de Etemenanki dedicada a Marduque (“o Zigurate”), edificio de 7 pisos. Em sumério, E-temen-an-ki significa “Casa da fundação dos Céus e da Terra”. É o maior dos zigurates encontrados na região e uma das maiores construções feitas pelo homem na Antiguidade. A grande Torre-templo em Babel (Babilónia) era do conhecimento geral dos povos do Crescente Fértil. Babel – origem do nome “A Confusão das Línguas” por Gustave Doré (1865)Babel, em acadiano, é Bab ilu. Deriva de Bad (“porta”, “portão”) e ilu (“Deus”) e significa “Porta de Deus”. Para os judeus adquiriu o significado de “confusão” em harmonia com Gênesis 11:9. Moisés terá derivado o nome Babel, em hebr. Bavél, da raiz do verbo ba.lál, que significa “confundir”. Curiosamente, Bab e El sugere uma combinação do acadiano Bab (“porta”) com o hebraico El (“Deus”, abreviatura de Elóhah). Acredita-se que Cush teria iniciado a sua construção, quando da confusão das linguas. Após isso, seu filho Nimrod (Ninus) continuou a urbanização do local, dando origem a cidade de Babilônia. Fonte: www.angelfire.com Torre de Babel A Torre de Babel Gênesis 11: 1-9 Os descendentes de Noé todos falavam uma só língua. À medida que aumentaram em número e começou a se espalhar para o leste, eles encontraram uma área fértil chamada Sinar e lá se estabeleceram. Eles decidiram construir uma cidade com uma torre que “chegou aos céus.” Eles queriam que a torre para ser um monumento orgulho de si mesmos e um símbolo que seria mantê-los unidos como um povo poderoso. No entanto, Deus não estava tão contente. Ele desceu e olhou para a cidade e uma torre e disse: Se como uma pessoas que falam a mesma língua que eles começaram a fazer isso, então nada que pretendem fazer será impossível para eles. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não se entendem. (NVI, Gênesis 11: 6-7) Então Deus fez as pessoas falam muitas línguas diferentes para que eles não poderiam trabalhar juntos na construção da cidade e da torre. A Ele espalhou as pessoas ao redor do mundo ea cidade foi abandonada. A cidade foi chamada de “Babel”, porque Deus confundiu suas línguas Onde estava a Torre de Babel? Os estudiosos da Bíblia pensam a Torre de Babel refere-se a um zigurate, a antiga torre do templo pagão dos babilônios. Babilônia foi localizado no rio Eufrates, a cerca de 30 milhas (49 quilômetros) a partir da moderna cidade de Bagdá, no Iraque. Os babilônios alardeou que sua torre estendeu a mão para os céus. O que Babel significa? Babel foi o nome hebraico para Babilônia, que significa “porta de Deus”. Mas foi semelhante à palavra hebraica que significa Balal para confundir ou confundir. Os hebreus desprezaram os babilônios, e pode muito bem ser um jogo bem-humorado em palavras aqui: Longe de ser a “porta de Deus”, Babilônia era realmente o local de muita confusão!
O navio a vapor de luxo RMS Titanic encontrou seu fim catastrófico no Atlântico Norte, mergulhando duas milhas para o fundo do oceano após ser atingindo lateralmente por um iceberg durante sua viagem inaugural. Ao invés de o porto pretendido de Nova York, uma sepultura de alto mar tornou-se o orgulho do destino final da linha branca da estrela, na madrugada de 15 de abril de 1912. Mais de 1.500 pessoas perderam suas vidas no desastre. Nas décadas desde sua morte, o Titanic inspirou inúmeros livros e vários filmes notáveis enquanto continua a fazer manchetes, especialmente desde a descoberta em 1985 de seu lugar de descanso fora da costa de de Newfoundland. Enquanto isso, sua história entrou na consciência pública como um poderoso conto de advertência sobre os perigos da arrogância humana. História O Titanic foi um dos três navios de “classe olímpica” encomendados pela White Star Line a ser construído no estaleiro Harland and Wolff em Belfast. A construção começou no primeiro destes grandes navios, olímpico, em 16 de Dezembro de 1908. Os trabalhos sobre Titanic começou logo depois, em 31 de Março de 1909. Estas embarcações magníficas eram as maravilhas industriais de sua idade e Titanic era para ser o maior, mais rápido e mais luxuoso navio. Depois de apenas três anos, o Titanic estava acabado – uma cidade flutuante, pronta para zarpar em sua viagem inaugural de Southampton para Nova York.
Até o quinto dia de sua viagem, o Titanic estava fazendo rápido progresso através do Atlântico. Embora o capitão Edward Smith tinha planejado um novo rumo ao ouvir relatos anteriores de gelo de outros forros, havia muito mais comunicações que dia de gelo no caminho do Titanic. Na noite de domingo, 14 de abril de 1912, o mar estava calmo plana, o céu claro e sem lua, e a temperatura estava caindo em direção a zero. Em tais condições, o gelo do mar é muito difícil de detectar. No 23:40 vigia soou o alarme e telefonou e a ponte que dizia: “Iceberg, em frente.” O aviso veio tarde demais para evitar que o iceberg e Titanic batesse em menos de 40 segundos depois, fazendo uma série de buracos ao longo do lado do casco. Ao inspecionar os danos, arquiteto naval chefe do Titanic Thomas Andrews disse ao capitão Smith que o navio certamente iria afundar. Seis dos compartimentos estanques na parte da frente do casco do navio foram violados, cinco deles inundando dentro de uma hora. O Titanic foi projetado para se manter à tona com apenas quatro compartimentos inundados. Menos de três horas depois Titanic estava no fundo do oceano Atlântico, cerca de quatro quilômetros abaixo. O naufrágio do Titanic custou mais de 1.500 vidas. Para muitos, o destino trágico que se abateu sobre Titanic viria a marcar a passagem da opulência da época eduardiana e prenunciava a tragédia mundial da Primeira Guerra Mundial. A história capturou a imaginação do público em todo o mundo, gerando inúmeros livros, filmes, peças de teatro, memoriais, museus e exposições. A descoberta dos destroços pelo oceanógrafo Robert Ballard em uma expedição franco-americana, em 1985, deu origem a uma nova onda de interesse que continua até hoje. Titanic – Tragédia Majestoso como os Titãs da mitologia grega. Insubmergível diziam os jornais da época. Assim foi o lançamento do Titanic, em 10 de abril de 1912, quando o navio da companhia White Star Line realizou sua viagem inaugural de Southampton (Inglaterra) rumo a Nova Iorque. A previsão para alcançar a cidade americana era uma semana, no dia 17. Antes de rumar definitivamente para o outro lado do Atlântico, o Titanic aportou em Cherbourg, na França, e Queenstown, Irlanda, onde ainda embarcaram passageiros. Considerado o símbolo da tecnologia do século XX, o Titanic batia todos os outros grandes barcos dos anos 20 com seu luxo e estrutura. Medindo 270 metros de comprimento, o navio tinha, entre outras coisas, campos de squash, piscina, sala escura para fotógrafos e elevadores. O famoso restaurante, chamado de ‘Café Parisiense’, era decorado ao estilo jacobino, com colunas douradas e objetos de prata finamente fabricados. O barco estava equipado, também, com o sistema Marconi, a mais nova forma de comunicação sem-fios da época. O navio zarpou com 2.227 pessoas a bordo entre homens, mulheres e crianças, sob o comando do experiente capitão Edward J. Smith, que realizaria sua última viagem antes de se reformar. Os passageiros da terceira classe eram, na maioria, imigrantes que iam para a América em busca de uma chance de trabalho ou fugindo de um passado difícil em seus países. O Capitão Edward J. Smith Após a última parada em Queenstown, o navio seguiu viagem pelos mares do Atlântico. Para passar o tempo, alguns passageiros se divertiam dançando ao som da banda, outros faziam apostas sobre a data de chegada a Nova Iorque. A viagem transcorreu calma durante os quatro dias. Mesmo recebendo avisos de outros navios sobre a existência de icebergs pelo caminho, o capitão Smith não se importou e dizia que o navio era grande demais para ser abatido por um iceberg. Ao contrário, a embarcação continuou navegando em sua velocidade máxima (40km/h) porque, além de ser chamado o mais luxuoso e indestrutível navio existente, os construtores queriam também que ele fosse considerado o mais rápido. Para tanto, deveria alcançar Nova Iorque em menos de uma semana, tempo previsto para a chegada. Na noite do dia 14 de abril, o comandante Smith já tinha ido dormir e pedira ao 1º oficial, William Murdoch, que assumisse o seu posto e o avisasse de qualquer imprevisto que ocorresse. Por volta de 23h20, o sino do cesto dos vigias tocou três vezes, indicando que algo estava no caminho do Titanic. Murdoch conseguiu ver que surgia à frente do navio uma massa escura de gelo. A ordem foi que se virasse ao máximo a estibordo e se fizesse marcha à ré a toda potência. Entretanto, a medida não foi suficiente para evitar o encontro entre o barco e o iceberg. Parte da massa de gelo arranhou o casco da embarcação sob a linha de água, abrindo pequenos cortes e buracos em seis compartimentos estaques da proa, que foram invadidos pela água. Titanic Um dos construtores do Titanic, Thomas Andrews, que estava à bordo, calculou os estragos causados pelo choque e constatou que o navio tinha duas horas antes de afundar totalmente. Com a inclinação do navio, todos os compartimentos foram tomados pela água, tornando o naufrágio uma certeza matemática e inevitável. O capitão Smith ordenou aos radiotelegrafistas o envio de mensagens de socorro e iniciou os preparativos para que os passageiros abandonassem o navio nos barcos de salvamento. Entretanto, haviam apenas 20 botes que, em sua capacidade máxima, poderiam levar 1.178 pessoas. O número de barcos não foi maior porque os proprietários julgavam que colocar mais deles comprometeria a beleza e o conforto do Titanic. O desespero de tentar se salvar fez com que os primeiros botes saíssem sem a sua capacidade total. Ao final, apenas 705 passageiros conseguiram se salvar. Às 2h20 da manhã do dia 15 de abril, o Titanic submergiu completamente. Os sobreviventes foram resgatados pelo navio Carpathia, da Cunard (que se transformaria na maior rival da White Star Line e a absorveria, tempos depois). O número de botes salva-vidas não era suficiente para salvar todos os passageiros. Como um gigante dos mares, construído com a mais alta tecnologia da época, pôde sucumbir nas águas do Atlântico Norte?  Historiadores tentaram responder a essa pergunta, recuperando os acontecimentos que levaram à tragédia do Titanic. Há diversas justificativas para a catástrofe como as condições desfavoráveis do tempo e os defeitos no design e na construção do navio. A visibilidade dos icebergs localizados no Atlântico Norte foi prejudicada pelo rigoroso frio do inverno de 1912 e pela calmaria dos mares polares. Além disso, a falha de nenhum vigia possuir binóculos a bordo, a capacidade de a água passar facilmente de um compartimento ao outro – devido à baixa altura das divisões entre eles – e a fragilidade do aço utilizado na construção da estrutura do barco – que era o de mais baixa qualidade da época – facilitaram o choque com o iceberg. Outros motivos salientados pelos historiadores que facilitaram a ocorrência da tragédia foram o despreparo da tripulação em situações de risco, a falta de testes do navio em sua velocidade máxima (40 km/h) e o fato de os operadores do rádio de transmissão ignorarem os avisos de outros barcos sobre a existência de geleiras no caminho. A descoberta dos destroços Em 1985, o explorador Robert Ballard encontrou o lugar do naufrágio do Titanic no fundo do Oceano Atlântico. O que restou do navio está localizado a mais de 3,5 quilômetros de profundidade, abaixo da ilha canadense de Newfoundland. O Titanic tem se deteriorado com o passar dos anos – a maior parte da madeira, por exemplo, foi comida por moluscos. Entretanto, para o explorador marinho, as ações do homem têm acelerado ainda mais esse processo. As constantes viagens ao destroços do navio, com equipamentos e plataformas pesados, danificam sua estrutura. Além dos ‘caçadores de troféus’ que, desde a descoberta do local exato do naufrágio, já retiraram cerca de 6 mil objetos do fundo do mar. Em 2001, no intuito de diminuir o impacto da ação humana na destruição do Titanic, a agência do governo norte-americano responsável pelo estudo dos oceanos aconselhou que as atividades de visitação e busca na área interagissem o mínimo possível com o navio e os artefatos que afundaram com ele. OS GRANDIOSOS NÚMEROS DO TITANIC O Titanic tinha 270 metros de comprimento e pesava 46.329 toneladas O navio foi construído em quase 3 anos e custou aproximadamente 450 milhões de dólares 2.227 foi o número de passageiros à bordo na viagem inaugural do navio A banda que tocou até o momento final do naufrágio era composta por 8 músicos Para a alimentação de todos os passageiros foram levados, entre outros alimentos, cerca de 40.000 toneladas de batatas, 3 toneladas de manteiga, 20.000 garrafas de cerveja e 15.000 garrafas de água mineral No dia da colisão, o comandante recebeu 6 mensagens de aviso de iceberg de outros navios O Titanic levava 3.560 coletes salva-vidas individuais e apenas 20 barcos A parte da frente do navio levou 6 minutos para ir do nível da água ao fundo do mar. A de trás submergiu em 12 minutos 1.522 pessoas morreram na catástrofe Dados técnicos: Porto de registro: Liverpool Classe: Olympic Data de lançamento: 31de Maio de 1911 Data de conclusão: 2 de Abril de 1912 Início da viagem: 12h15, Quarta-feira, 10 de Abril de 1912 Custo para construir na época: 1,5 milhões de libras (7.5 milhões de dólares) Custo hoje: US$ 400 milhões Comprimento: 269,06 m Largura: 28,2 m Altura total: 53,34 m (19 andares) Altura acima da linha d’água até convés de botes: 18,44 m (6,5 Andares) Altura da quilha até a ponte: 30,48 m (11 Andares) Altura das 4 chaminés: 22,25 m (8 Andares) Anteparas principais: 15 Tonelagem bruta: 46.328 toneladas Deslocamento: 66.000 toneladas Rebites: 3 milhões (1.200 toneladas) Espessura do casco: 2,54 cm Âncoras: 2 (15 toneladas cada) Peso do leme: 101 toneladas (formado por 6 partes diferentes) Velocidade máxima: 24 a 25 nós (43.2 a 45 km/h) – nunca atingida Hélices: 3 (central, com 4.87 m de diâmetro; estibordo e bombordo, com 7.01 m de diâmetro) Caldeiras: 24 com saída dupla e 5 com saída simples Fornos: 159 Quantidade de carvão embarcado: 5.892 toneladas Consumo de carvão: 825 tons / dia Motores: 2 motores alternados de 4 cilindros para as hélices de bombordo e estibordo; 1 turbina para a hélice central. Peso total: 600 tons cada Geradores Elétricos: 4 de 400 kw, gerando 16.000 ampéres e 100 V Salva-Vidas: Botes: 20 (Total). Todos com sistema de desengate Murray para soltar ambos os lados juntos: 14 botes de madeira: 9,14 m (comprimento), 2,77 m (largura) e 1,2 m (profundidade). Capacidade para 65 pessoas. – 2 escaleres de madeira:– 7,68 m (comprimento), 2,19 m (largura) e 0,91 m (profundidade). Capacidade para 40 pessoas. 4 botes desmontáveis Englehardt: 8,34 m (comprimento), 2,43 m (largura) e 0,91 m (profundidade). Capacidade 47 pessoas. Capacidade total: 1.178 pessoas Coletes: 3.560  Bóias: 49 Passagens (em dólares): Suíte da Primeira Classe: 4.350 na época (hoje, 50.000) Camarote da Primeira Classe: 150,00 por pessoa (hoje, 1.724) Segunda Classe: 60 (hoje, 689,66) Terceira Classe: 15 a 40 por pessoa (hoje, 172,41 a 459,77) Fonte: www.history.com/www.bbc.co.uk/www.titanicsite.kit.net Titanic O Enigma do Titanic Na noite de 15 de Abril de 1912 afundava no gélido Atlântico Norte o insubmersível Titanic. O grande navio a vapor levava mais de 2.000 pessoas, saindo de Southampton e entrando para a história. Mistérios e coincidências marcam esse naufrágio que já completa quase cem anos. A história correu mais ou menos assim…. O Titanic e seu irmão gêmeo, o Olympic, eram as vedetes da companhia White Star que explorava a ligação marítima de passageiros entre o velho mundo e a América. Era época de migrantes, época de barões das ferrovias e do aço nos Estados Unidos. O dono da companhia era o milionário americano J. P. Morgan que, por pouco, escapou do destino junto com o navio. O navio fazia sua viagem inaugural e era considerado insubmersível. Ele foi projetado como uma colmeia com compartimentos isolados por portas a prova dágua. O navio resistiria a inundação de dois deles ou até dos primeiros quatro. A noite do dia 14 caia perfeita, er um Domingo. Não havia Lua e o oceano mostrava-se absolutamente calmo. Diversos avisos haviam sido enviados ao Titanic relatando a existência de Icebergs na região. Apesar da latitude não ser elevada, a Terra Nova é a região onde existe o corredor dos Icebergs que se deslocam no degelo desde o norte do Canada. Abril é o pior mês do ano. Próximo ao Titanic o pequeno vapor Californian desligava seus motores e encontrava-se em um mar de Icebergs. Seu comandante preferiu esperar o amanhecer para prosseguir. O Comandante Smith, em sua última viagem antes da aposentadoria viajava a toda velocidade, provavelmente influenciado por Bruce Ismay, que queria bater o recorde de velocidade entre a Europa e a América. As 11:40 da noite o observador F. Fleet observou o fatídico Iceberg e acionou o sino, que se encontra hoje em exposição provisória no Science Museum em Londres. Ao descer para verificar as avarias o projetista Thomas Andrews observou que a água já avançava por cinco compartimentos. O destino do navio estava selado. Avisou ao Comandante Smith que o Titanic teria apenas mais umas duas horas de vida. O Olympic a esquerda e o Titanic à direita Nesse momento surge um mistério que é a razão desse assunto estar sendo tratado em uma página de astronomia. No momento do lançamento dos fogos de ajuda observou-se ao horizonte uma luz que julgou-se ser um navio. Muitas pessoas imaginaram que em pouco tempo um vapor iria resgatá-las. Isso não aconteceu e observou-se o navio se afastando até desaparecer no horizonte. Por causa desses relatos o comandante do Californian, que se julgava esse vapor, foi execrado por não ter prestado ajuda aos náufragos. De fato, o Californian com o Carpathia e o Mount Temple foram os vapores que procuraram por sobreviventes na manhã seguinte. O Carpathia levou os sobreviventes até o porto de Nova Iorque.” O Carpathia, que levou os sobreviventes para Nova Iorque Vamos agora tentar explorar a possibilidade do navio fantasma ter sido algum objeto celeste. Para começar vamos observar o céus estrelado daquela fatídica noite. Quando o Titanic bateu no iceberg a Ursa Maior dominava o céu, Vega nascia, Procyon e Capela desciam para perto do horizonte. Marte estava a 11.5 graus acima do horizonte e se pondo. Jupiter nascia a apenas 5.1 graus acima do horizonte. Naquela noite Marte se poria no horizonte oeste exatamente as 00:54 do dia 15 de Abril. Brilhava com uma pálida magnitude 1.2 com 5 segundos de arco de diâmetro. Procyon se punha as 00:45 com azimute 280, magnitude 0.4 e cor branca. Vejamos o que se passava no navio… ” 45 minutos depois da colisão com o iceberg Rowe telefonou para a ponte e o oficial Boxhall respondeu. Rowe disse que ele havia visto o escaler 7 na agua. Boxhall ficou surpreso porque não sabia que a ordem de baixar escaleres havia sido dada. Ele instruiu Rowe para levar os fogos de artifício para a ponte. Boxhall teria visto as luzes de um barco nesse momento e o Capitão Smith deu permissão para o lançamento dos fogos. O primeiro fogo foi lançado as 00:45 e então de 5 em cinco minutos. Entre esses lançamentos Rowe e Boxhall tentaram usar uma lanterna morse. O navio teria sido visto na direção traseira direita do navio. Rowe afirmou que dois pontos indicavam a traseira de um navio a distância de 5 milhas “ Essa direção coincide com a posição do Californian se considerarmos a direção original do Titanic e o fato de que ele virou para o Sul cerca de 90 graus. Podemos perceber a enorme coincidência de horários entre o por do Sol de Marte, no azimute 305 graus, e o momento em que os tripulantes do Titanic teriam visto o navio desaparecendo no horizonte. Como sabemos hoje o Californian estava a mais de 20 milhas náuticas do Titanic e em um azimute de algo como 340 graus. Não podia ser ele, a distância era grande demais. O Titanic trafegava no azimute 266 graus a 21.6 nós. A posição de Marte era exatamente a frontal direita do navio. Visto do Titanic, Marte e o Californian estavam em posições próximas. O Californian estava atracado para aguardar o dia seguinte. Como os marinheiros do Titanic o viram sumir no horizonte ? Pelo menos para mim estou convencido de que, no afã da situação desesperadora, os marinheiros confundiram o planeta vermelho que, naquele momento, estava se pondo no horizonte, levando com ele a esperança de milhares de pessoas. O problema é, de fato, mais complexo, pois envolve testemunhas do Californian. O Comandante do Californian foi execrado. Parece que foi apenas um engano, ele estava longe demais para ver o Titanic ? O livro de Gardiner “The Riddle of Titanic” explora bem os testemunhos. Serão só coincidências ? O que voce acha ? A direção do Californian era parecida com a de Marte… O horário batia exatamente com o ocaso do planeta.
Idade Antiga – Origem As primeiras civilizações surgem entre 4.000 e 3.000 a.C. Formam-se às margens dos grandes rios Nilo (Egito), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia), Amarelo (China), Jordão (Palestina), Indo e Ganges (Índia e Paquistão) como resultado da revolução neolítica. Essas civilizações dominam algumas técnicas comuns, como a domesticação dos animais, a agricultura, metalurgia, escultura e escrita. As relações sociais comunitárias são substituídas pelo escravismo ou pela combinação deste com diferentes formas de servidão. Na Europa, esse período acaba com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476. Nos outros continentes, várias civilizações preservam os traços da Antigüidade até o contato com os europeus, a partir do século XVI. Crescente fértil É como fica conhecida a região que se estende, em arco, do sudeste do Mediterrâneo até o golfo Pérsico, incluindo territórios dos atuais Líbano, Israel, Jordânia, Síria, Turquia e Iraque, em um traçado que lembra a Lua em quarto crescente. Ali surgem as primeiras civilizações que têm como característica principal aformação do Estado, instituição político-administrativa que determina normas e modo de organização de cada grupo. Idade Antiga – Filosofia A Idade Antiga iniciou-se a filosofia no século VIII a. C os pensadores pré-socráticos viveram na Grécia Antiga e nas suas colônias. São chamados de filósofos da natureza, pois investigaram questões pertinentes a esta, como de que é feito o mundo.

Romperam com a visão mítica e religiosa da natureza que prevalecia na época, como a posição que o homem seria explicado pela natureza que justificava a existência de todos os seres, adotando uma forma científica de pensar. Se tudo era constituído de terra, ar, fogo, água ou átomos, o homem também teria na água, no fogo ou nos átomos as “raízes” de sua realidade física, psíquica e moral, prosseguindo até no século V a.C., ainda neste século começa o período socrático com a frase “conhece-te a ti mesmo” passou a indicar um novo rumo para a especulação filosófica: no próprio homem é que estaria a chave para a decifração do enigma humano; inútil explicá-lo à semelhança das pedras, das plantas ou mesmo das estrelas, surgindo a Paidéia (formação integral e harmônica do homem pela educação), o centro de interesse se desloca da natureza para o homem, este período se estendeu até o século IV a.C., aonde começa o período pós – socrático ou helenístico romano com a fusão da cultura grega e oriental surgindo a cultura greco-romano havendo uma transformação na filosofia passando a ter preocupação com a salvação e a felicidade, sendo que toda a ação moral significaria, assim, o esforço do homem para permanecer fiel ou retornar à própria natureza humana. Surgimento de pequenas escolas filosóficas, predomínio da ética, que passa a exercer a função desempenhada pelos mitos religiosos estendendo-se até o século V d.C, iniciando então o período Patrística que é o encontro da filosofia grega com o cristianismo, que é a conciliação das exigências da razão humana com a revelação divina. SÓCRATES (469-399 a.C.) Nasceu e viveu em Atenas, morreu aos 70 anos, filho do escultor ou pedreiro Sofronisco e da parteira Fenarete. Através das suas atividades inconvencionais e com seus diálogos, incomodavam não só as consciências como afrontavam preconceitos sociais e políticos. Apesar de sua influência, não aproveitou dela para fins egoístas e pessoais, levando uma vida exemplar no aspecto cívico e intelectual. Foi o primeiro educador espiritual além de pensador (filósofo), educador intelectual com base na moral, responsável pelo começo do humanismo na educação, eram seus adeptos que o procuravam. Não o interessavam os honorários das aulas, mas o diálogo vivo e amistoso com seus discípulos. Seu objeto era ensinar a pensar e desenvolver no homem a virtude através de uma educação ético e moral. Determinou que a virtude, o bem e a personalidade vêm antes do Estado e a Educação deve estar amparada nas leis do Estado. Seu método é o diálogo dividido em duas fases que são: Ironia: Induzir o aluno, a saber, que nada sabe, isto é, antes de lançar-se em busca de qualquer verdade, o homem auto-analisa-se e reconhece sua própria ignorância. Maiêutica: Induzi-lo a chegar a conclusões, ou seja, descobrir a verdade que lhe foi induzida, isto é, o homem está envolto de falsas idéias, em preconceitos, como está desprovido de métodos adequados. Derrubados estes obstáculos, chega-se ao conhecimento verdadeiro. Daí sua frase famosa “Ninguém faz o mal voluntariamente”. Orientou e aconselhou seus discípulos, ensinando-os a pensar. Valorizou a personalidade humana baseada no caráter, o Aretê (cortesia, sensibilidade, boas maneiras, virtuosidade, honra, princípios) para todos não apenas para Aristocracia, devendo e podendo ser ensinado. Descordou da educação centrada no Estado, devendo ser centrada na pessoa humana e o papel do aluno deve ser ativo e não mais receptivo. Sócrates foi acusado de blasfemar contra os deuses e de corromper a juventude. Foi condenado à morte e, apesar da possibilidade de fugir a prisão, permaneceu fiel a si e a sua missão. Não deixou nada escrito. O que herdamos foi o testemunho de seus contemporâneos, especialmente o de seu discípulo mais importante, Platão. MARCO TÚLIO CÍCERO (106-043 a.C.) Orador e político romano nasceu em Arpino, cidade do Lácio onde sua família tinha uma propriedade rural. Aos 10 anos foi enviado a Roma para completar sua educação. Aprendeu então literatura grega e latina, além de retórica, com os melhores mestres da época. Tinha como mestres Múcio Cévola, em Direito; Fedro, Diota e Filo, em Filosofia. Aprofundou-se no conhecimento das leis e doutrinas filosóficas. Em 84 a.C., escreveu sua primeira obra, De inventione, onde apresentou sua teoria sobre a retórica. Aos 25 anos de idade ingressou na vida forense. Em 75 a.C. Cícero foi nomeado questor da Sicília. Contra Verres, Cícero compôs seus famosos discursos, jamais pronunciados, reunidos sob o nome de Verrinas (70 a.C.). Aproximou-se então do auge a vida política do orador, vendo crescer seu prestígio. Sua ambição era chegar ao consulado. Fez tudo o possível para galgar os cargos políticos, conseguindo obtê-los um a um. Atinge o consulado em 63 a.C. Num momento de crise da República, Cícero entrou em desacordo com César e Públio Clódio, que mandava matar quem discordasse de seu poder. Cícero se afastou da vida pública. Mais tarde, ao formar o segundo Triunvirato com Otávio e Lépido, Cícero foi assassinado em Fórmia. Sua cabeça e suas mãos ficaram expostas no Fórum. A obra de Cícero compreende discursos, tratados filosóficos e retóricos, cartas e poemas. Não só pela extensão mas pela originalidade e variedade de sua obra literária. Cícero é considerado o maior dos prosadores romanos e o que mais influenciou os oradores modernos. Idade Antiga – História Na periodização das épocas históricas da humanidade, Idade Antiga, ou Antiguidade é o período que se estende desde a invenção da escrita (de 4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.). Embora o critério da invenção da escrita como balizador entre o fim da Pré-História e o começo da História propriamente dita seja o mais comum, estudiosos que dão mais ênfase à importância da cultura material das sociedades têm procurado repensar essa divisão mais recentemente. Também não há entre os historiadores um verdadeiro consenso sobre quando se deu o verdadeiro fim do Império Romano e início da Idade Média, por considerarem que processos sociais e econômicos não podem ser datados com a mesma precisão dos fatos políticos. Também deve-se levar em conta que essa periodização está relacionada à História da Europa e também do Oriente Próximo como precursor das civilizações que se desenvolveram no Mediterrâneo, culminando com Roma. Essa visão se consolidou com a historiografia positivista que surgiu no século XIX, que fez da escrita da história uma ciência e uma disciplina acadêmica. Se repensarmos os critérios que definem o que é a Antiguidade no resto do mundo, é possível pensar em outros critérios e datas balizadoras. No caso da Europa e do Oriente Próximo, diversos povos se desenvolveram na Idade Antiga. Os sumérios, na Mesopotâmia, foram a civilização que originou a escrita e a urbanização, mais ou menos ao mesmo tempo em que surgia a civilização egípcia. Depois disso, já no I milênio a. C., os persas foram os primeiros a constituir um grande império, que foi posteriormente conquistado por Alexandre, o Grande. As civilizações clássicas da Grécia e de Roma são consideradas as maiores formadoras da civilização ocidental atual. Destacam-se também os hebreus (primeira civilização monoteísta), os fenícios (senhores do mar e do comércio e inventores do alfabeto), além dos celtas, etruscos e outros. O próprio estudo da história começou nesse período, com Heródoto e Tucídides, gregos que começaram a questionar o mito, a lenda e a ficção do fato histórico, narrando as Guerras Médicas e a Guerra do Peloponeso respectivamente. Na América, pode-se considerar como Idade Antiga a época pré-colombiana, onde surgiram as avançadas civilizações dos astecas, maias e incas. Porém, muitos estudiosos considerem que em outras regiões, como no Brasil, boa parte dos povos ameríndios ainda não haviam constituído o mesmo nível de complexidade social e a classificação de Pré-história para essas sociedades seria mais correta, até a descoberta pelos europeus. Na China, a Idade Antiga termina por volta de 200 a. C., com o surgimento da Dinastia Chin, enquanto que no Japão é apenas a partir do fim do período Heian, em 1185 d. C., que podemos falar em início da “Idade Média” japonesa. Algumas religiões que ainda existem no mundo moderno tiveram origem nessa época, entre elas o cristianismo, o budismo, confucionismo e judaísmo.
    
Coliseu de Roma 

Coliseu de Roma
O Coliseu de Roma era, na época de sua construção, um anfiteatro oval de quatro níveis. Suas arquibancadas de mármore tinham capacidade para 45 mil pessoas. Denominado anfiteatro Flávio, era conhecido como o Coliseu pelo fato de sua proximidade com a colossal estátua de Nero. Os gladiadores lutavam na arena e, segundo a história relata, era o lugar onde os cristãos eram lançados aos leões. Mundialmente conhecido, o Coliseu, construído por ordem do imperador Vespasiano e concluído no ano 80 d.C., durante o governo de seu filho Tito, é um dos mais grandiosos monumentos da Roma Antiga. A parede externa do anfiteatro preserva os quatro pavimentos da estrutura de concreto armado; nas três arquibancadas inferiores estão as fileiras de arcos, e na quarta, pequenas janelas retangulares. Construído em 72 d.C., sobre o lago da casa de Nero, a Domus Aurea, ficou conhecido como Colosseo porque ali foi achada a estátua gigante (colosso) do imperador que incendiou Roma. Para a inauguração, apenas oito anos depois do início das obras, em 80 d.C., as festas e jogos duraram cem dias, durante os quais morreram 9 mil animais e 2 mil gladiadores. As atividades do Coliseu foram encerradas em 523 d.C., mas o espaço permanece carregado de uma clima misterioso. Depois de 1.500 anos o Coliseu voltou a viver. Por um breve período – de 19 de julho a 6 de agosto – o monumento que se tornou símbolo do império romano e da cidade eterna, foi palco de espetáculos. Eventos que nada têm a ver com os cruéis e violentos jogos da época do império para os quais o anfiteatro Flávio, verdadeiro nome do Coliseu, foi construído.

Sobre os escombros do maior anfiteatro do mundo antigo foi construído um novo palco para encenar peças de Sófocles. Édipo Rei, Antígone e Édipo em Colono foram montadas por companhias da Grécia, do Irã e de Israel, respectivamente em língua original com livreto em italiano. O palco, feito de pranchas de madeira resistente e indeformável, como era originalmente, medindo 400 metros quadrados – menos de um quarto da superfície total – foi construído sobre parte do que resta dos subterrâneos para que houvesse a possibilidade de se ter ao menos em parte uma idéia de como era o local. A reconstrução foi feita na parte leste, do lado oposto da bilheteria, zona que pode resistir melhor ao impacto. Para maior segurança, a base é reforçada, aproveitando as paredes da época romana antiga e integrando os espaços vazios com argamassa. Por esse lado entrava o desfile que abria os jogos, inventados para distrair os romanos das dificuldades e para os imperadores ganharem o apoio da massa. Eram cavalos, tigres, leões, girafas, gladiadores, caçadores e músicos que paravam diante do camarote do imperador que dava início à “festa”. O Coliseu tinha capacidade para 60 mil espectadores. Agora foi permitida, no máximo, a entrada de 700 pessoas para cada espetáculo, isso para proteger o monumento que está sendo submetido a uma longa e lenta restauração para reforçar a sua estrutura. A imagem que se tem agora, entrando no imponente anfiteatro de 56 metros de altura, no entanto, não dá uma idéia clara de como era o local. O que resta da fachada externa equivale a cerca de dois quintos do monumento que é sustentado nas extremidades por duas muralhas construídas em 1800. É preciso usar a imaginação para conseguir visualizar a arena, as arquibancadas e o subterrâneo cheio de corredores, porões e uma rede de canais que podiam transformar a parte central numa área para batalhas. Lá ficavam os animais, as armas e os instrumentos usados durante os espetáculos. Um meio adotado para eliminar a associação do local com morte é a campanha das Nações Unidas contra a pena capital. Durante este ano, toda vez que, em qualquer parte do mundo, um condenado à morte for poupado, as luzes do Coliseu ficarão acesas por 48 horas. Fonte: www.virtual.epm.br Coliseu de Roma Localização Localizado a leste do Fórum Romano, o enorme anfiteatro de pedra conhecido como o Coliseu foi encomendado por volta do ano 70-72 pelo imperador Vespasiano da dinastia dos Flávios como um presente para o povo romano. Em 80 dC, o filho de Vespasiano Tito abriu o Coliseu-oficialmente conhecido como Anfiteatro Flaviano, com 100 dias de jogos, incluindo combates de gladiadores e lutas selvagens animais.
Depois de quatro séculos de uso ativo, o magnífico cenário caiu no esquecimento, e até o século 18 foi utilizado como fonte de materiais de construção. Apesar de dois terços do Coliseu original foi destruído ao longo do tempo, o anfiteatro continua a ser um destino turístico popular, bem como um símbolo de Roma e sua história longa, tumultuada. O Coliseu de Roma O Coliseu de Roma, ou Coliseu, originalmente conhecido como o Anfiteatro Flaviano, foi encomendado em 72 dC pelo imperador Vespasiano. Foi concluída por seu filho, Tito, em 80, com melhorias posteriores por Domiciano. O Coliseu está localizado a leste do Fórum Romano e foi construído a um design prático, com suas 80 entradas em arco permitindo fácil acesso a 55 mil espectadores, que estavam sentados de acordo com a classificação. O Coliseu é enorme, uma elipse 188m de comprimento e 156 de largura. Originalmente 240 mastros foram anexados ao mísulas de pedra no quarto nível. História Mundialmente conhecido, o Coliseu, construído por ordem do imperador Vespasiano e concluído, durante o governo de seu filho Tito, é um dos mais grandiosos monumentos da Roma Antiga. A parede externa do anfiteatro preserva os quatro pavimentos da estrutura de concreto armado; nas três arquibancadas inferiores estão as fileiras de arcos, e na quarta, pequenas janelas retangulares. Os assentos eram de mármore e a escadaria ou arquibancada dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; a meaniana, setor destinado à classe média; e os pórticos, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ficava no podium e era ladeada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Por cima dos muros ainda se podem ver as bases de sustentação da grade de cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores. Para evitar problemas nas saídas dos espetáculos, os arquitetos projetaram oitenta escadarias de saída. Em menos de três minutos, o Coliseu podia ser totalmente evacuado. Suas arquibancadas tinham capacidade para 80 mil pessoas.
O Coliseu de Roma foi construído sobre o lago da casa de Nero, a Domus Áurea e ficou conhecido como Colosseo (Coliseu) porque ali foi achada a estátua gigante (colosso) do imperador. Conta a história que os gladiadores lutavam na arena e que o Coliseu, era o lugar onde os cristãos eram lançados aos leões. Para a inauguração, apenas oito anos depois do início das obras, em 80 d.C., as festas e jogos duraram cem dias, durante os quais morreram 9 mil animais e 2 mil gladiadores. As atividades do Coliseu foram encerradas em 523 d.C., mas o espaço permanece carregado de uma clima misterioso e símbolo do Império Romano e da cidade eterna. Fonte: www.history.com Coliseu de Roma O Coliseu outrora conhecido como Anfiteatro de Flávio, deve seu nome à expressão do latim Coliseum, devido ao colossus de Nero que ficava perto a edifícação. É uma exceção de entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitetônico, era um local onde seriam exibidos toda uma série de espectáculos, inseridos nos vários tipos de jogos realizados na urbe. Os combates entre gladiadores, entre estes e feras ou mesmo combates navais, inseridos no vasto movimento propagandístico romano, concedia uma especial relevância às características essenciais da cultura romana, dos valores morais greco-romanos instituídos e do verdadeiro “tesouro” composto pelas lendas e mitos desta civilização. Antigamente o Coliseu era “inundado” para treinos de batalhas navais; pois a arena dispunha de um excelente sistema de drenagem, a ponto de quando o sistema estava fechado, devido ao acúmulo de água da chuva, era possível até praticar batalhas navais no interior do Coliseu! Daí podemos avaliar o grande conhecimento em arquitetura que os romanos possuíam. Assim, sob a influência dos modelos apresentados, a forma de ver o mundo e de, basicamente, ser das pessoas que compunham o Império alteram-se. O Coliseu era portanto, e sobretudo, um enorme instrumento de propaganda e difusão da filosofia de toda uma civilização, e tal como era já profetizado pelo monge e historiador inglês Beda na sua obra do século VII “De temporibus liber”, “Enquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá; quando o Coliseu ruir, Roma cairá e acabará o mundo”. Embora o Coliseu tenha funcionado até ao século VI da nossa Era, foram proibidos os jogos com mortes humanas desde 404, sendo apenas massacrados animais como elefantes, panteras ou leões. A construção do Coliseu, nome geralmente dado ao anfiteatro flaviano entre o Palatino e o Caelius, foi iniciado por Vespasiano, no ano 70 da nossa Era, e finalizado pelo seu filho, Domitianus. O edifício será inaugurado por Titus, em 80, embora apenas tivesse sido finalizado poucos anos depois. Empresa colossal, este edifício, inicialmente, poderia sustentar no seu interior cerca de quarenta e cinco mil espectadores, constando com três andares. Quando do reinado de Severus Alexander e Gordianus III, é ampliado com um quarto andar, podendo conter cerca de noventa mil espectadores. A grandiosidade deste monumento testemunha verdadeiramente o poder e esplendor de Roma na época dos Flávios. O monumento permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até ao período do imperador Honorius, no século V. Danificado por um terremoto no começo do mesmo século, foi alvo de uma extensiva restauração na época de Valentinianus III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído. Hoje em dia o Coliseu é associado aos martírios de cristãos. Mas essa tese só surgiu na literatura do século XV (na realidade a morte dos martíres foi em prisões). Apesar de, muito provavelmente, o Coliseu não ter sido utilizado para martírios, o papa Bento XIV consagrou-o, no século XVII, à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX. Fonte: www.moo.pt Coliseu de Roma Vista lateral do Coliseu – detalhe em maquete da antiga Roma “Enquanto o Coliseu se mantiver de pé, Roma permanecerá; quando o Coliseu ruir, Roma cairá e se acabará o mundo”. A profecia do monge inglês Venerável Beda dá a medida do significado que teve para Roma o anfiteatro Flávio, ou Coliseu (Colosseo em italiano), nome que alude a suas proporções grandiosas. O Coliseu ergue-se no lugar antes ocupado pela Domus Aurea, residência do imperador Nero. Sua construção foi iniciada por Vespasianus por volta do ano 70 da era cristã. Titus inaugurou-o em 80 e a obra foi concluída poucos anos depois, na época de Domitianus. A grandiosidade desse monumento testemunha o poderio e o esplendor de Roma na época dos Flávios, família a que pertenciam esses imperadores. O edifício inicial, de três andares, comportava mais de cinqüenta mil espectadores. Dois séculos depois, sua capacidade foi ampliada para quase noventa mil, quando os imperadores Severus Alexander e Gordianus III acrescentaram um quarto pavimento. O Coliseu foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). Sua planta é elíptica e os eixos medem aproximadamente 190 por 155m. A fachada se compõe de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e coríntias, de acordo com o pavimento. Os assentos são de mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici ou pórticos, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar ficava no podium e era ladeada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Por cima dos muros ainda se podem ver as mísulas que sustentavam o velarium, grande cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores. Coliseu com 524m de circunferência e até 90 mil pessoas (detalhe em maquete da antiga Roma) A arena do Coliseu foi cenário de espetáculos cruéis, como lutas de gladiadores ou de feras. Nos subterrâneos ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro. O edifício permaneceu como sede principal dos espetáculos romanos até o tempo do imperador Honorius, no século V. Danificado por um terremoto no começo desse século, foi restaurado na época de Valentinianus III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transformou-o em fortaleza. Nos séculos XV e XVI foi diversas vezes saqueado e perdeu grande parte dos materiais nobres de que tinha sido construído. Acredita-se que o Coliseu tenha sido cenário dos primeiros martírios de cristãos e, por isso, no século XVII, o papa Bento XIV consagrou-o à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento em ruínas foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX. O grupo formado pelo Coliseu e pelo vizinho arco de Constantinus I, ao lado das ruínas do forum imperial, é um dos conjuntos arquitetônicos mais evocativos da antiga Roma. Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br Coliseu de Roma Coliseu, o símbolo de Roma – Nada se compara com a emoção de vê-lo pessoalmente Num dos lugares mais conhecidos do mundo, vê-mo-lo desde pequenos em fotos, caricaturas, filmes, documentários, mas se são como eu verão que o Coliseu de Roma pessoalmente até parece algo irreal. Há alguns anos tive a oportunidade de visitar Itália e por conseguinte, Roma. Depois de visitar os principais destaques da cidade, chegou o momento de visitar o Coliseu. Apanhámos o metro que nos deixava precisamente em frente ao monumento. Enquanto seguíamos caminho já me tinha esquecido de tudo que íamos visitar o Coliseu. Estávamos a conversar muito tranquilamente quando no momento de sairmos para o exterior pude ter a impressão mais incrível que podia esperar. Aí estava ele, imenso e impressionante, o Coliseu! Dei um grito de emoção e posso assegura-vos que não fui a única. Junto a mím vinham umas jovens, se não me engano alemãs, que ao estarem perante um verdadeiro testemunho da história não deixaram de fazer uma expressão de assombro que valia mais que mil palavras. Ao entrarmos no Coliseu e imaginarmos tudo o que ali se passou, pessoas que expunham a vida para divertimento das massas. Alguns obrigados eram escravos e prisioneiros; outros por gosto pela adrenalina e outros para serem admirados. Estava eu ali numa das zonas do Coliseu e interpelava-me quanto sangue se havia derramado naquela arena…pareceu-me até ouvir o estrondo de uma multidão à minha volta aplaudindo ou vaiando o seu competidor e perguntava-me se o deixariam viver ou dar-lhe-íam o golpe final. Nesse momento regresso a mim e existem uma série de sentimentos juntos pelo que foi uma maravilha da antiguidade e um cemitério de muitas almas, algumas delas inocentes. Mas o que nunca poderei esquecer foi a emoção de estar cara a cara com um testemunho da história. Fonte: www.queroaitalia.com Coliseu de Roma O Coliseu de Roma Depois dos grandes espetáculos das corridas de bigas do Império Romano que eram até mesmo mais perigosas do que as corridas de Fórmula 1, chega a vez dos fortes combates entre 

Coliseu de Romagladiadores, feras e outros no Coliseu de Roma – Itália. Uma das cidades com maior importância na história mundial, sendo um dos símbolos da civilização européia, que segundo a tradição, foi fundada por um dos irmãos gêmeos (Rômulo e Remo), “Rômulo” conhecido como o “Pai da Pátria” em 753 a.C.. Alguns autores acreditam que Roma foi fundada pelos Etruscos, mas na opinião dominante, a cidade teria sido fundada pelas próprias populações do Lácio. Anfiteatro Flávio – Coliseu de Roma – Coliseum Roma teria se originado de um forte construído por latinos e sabinos no monte Capitolino, às margens do rio Tibre. Conserva até hoje inúmeras ruínas e monumentos na parte da cidade antiga. A cidade tem cerca de 3,6 milhões de habitantes. Entre esses antigos monumentos encontra-se o anfiteatro Flaviano, conhecido como o Coliseu (Coliseum em Latim) uma exceção entre os anfiteatros da época pelo seu volume e relevo arquitetônico, sua construção teria sido iniciada por Vespasiano no ano 70 d.C. e finalizada pelos seus filhos Domiciano e Tito, e em 80 d.C. inaugurada. O Coliseu com mais de 50 metros de altura, cobria uma área elipsóide com 188 x 156 metros, três andares, que mais tarde com o reinado de Severus Alexander e Gordianus III foi ampliado com um quarto andar, sendo capaz de suportar de 70 a 90 mil espectadores. Foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e corintias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao fato de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço. Período ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde podiam visualizar o espetáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passadeira superior de madeira, para o caso de algum acidente. Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro. O edifício permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até ao período do Imperador Honorius, no século V. Danificado por um terremoto no começo deste mesmo século, foi alvo de um extensivo restauro na época de Valentinianus III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transforma-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído. Acredita-se que o Coliseu tenha sido cenário dos primeiros martírios de cristãos e, por isso, no século XVII, o papa Bento XIV consagrou-o à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX. A imponência desse monumento testemunha o verdadeiro poder e esplendor de Roma na época dos Flávios. Em Fevereiro de 2004 foi lançada uma reportagem na BBC BRASIL.Com, com os planos da Prefeitura de Roma de remodelar a região antiga da cidade para dar uma “melhor perspectiva do visual da Roma Antiga”, os planos previam a reconstrução das partes que faltam da muralha exterior do Coliseu, o que causou muitos protestos na Itália. Muitos acadêmicos dizem estar “indignados” com a idéia de transformar o centro de Roma no que eles temem que se torne um “parque temático de arqueologia”. Anfiteatro Flávio – Coliseu de Roma – Coliseum – Interior Roma teria se originado de um forte construído por latinos e sabinos no monte Capitolino, às margens do rio Tibre. Conserva até hoje inúmeras ruínas e monumentos na parte da cidade antiga. A cidade tem cerca de 3,6 milhões de habitantes. Entre esses antigos monumentos encontra-se o anfiteatro Flaviano, conhecido como o Coliseu (Coliseum em Latim) uma exceção entre os anfiteatros da época pelo seu volume e relevo arquitetônico, sua construção teria sido iniciada por Vespasiano no ano 70 d.C. e finalizada pelos seus filhos Domiciano e Tito, e em 80 d.C. inaugurada. O Coliseu com mais de 50 metros de altura, cobria uma área elipsóide com 188 x 156 metros, três andares, que mais tarde com o reinado de Severus Alexander e Gordianus III foi ampliado com um quarto andar, sendo capaz de suportar de 70 a 90 mil espectadores. Foi construído em mármore, pedra travertina, ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A fachada compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e corintias, de acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao fato de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação do espaço. Os assentos são em mármore e a cavea, escadaria ou arquibancada, dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Rampas no interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde podiam visualizar o espetáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de arqueiros posicionados numa passadeira superior de madeira, para o caso de algum acidente. Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias necessárias aos serviços do anfiteatro. O edifício permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe romana até ao período do Imperador Honorius, no século V. Danificado por    

Coliseu de Romaum terremoto no começo deste mesmo século, foi alvo de um extensivo restauro na época de Valentinianus III. Em meados do século XIII, a família Frangipani transforma-o em fortaleza e, ao longo dos séculos XV e XVI, foi por diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os quais tinha sido construído. Acredita-se que o Coliseu tenha sido cenário dos primeiros martírios de cristãos e, por isso, no século XVII, o papa Bento XIV consagrou-o à Paixão de Cristo e declarou-o lugar sagrado. Os trabalhos de consolidação e restauração parcial do monumento, já há muito em ruínas, foram feitos sobretudo pelos pontífices Gregório XVI e Pio IX, no século XIX. A imponência desse monumento testemunha o verdadeiro poder e esplendor de Roma na época dos Flávios. Em Fevereiro de 2004 foi lançada uma reportagem na BBC BRASIL.Com, com os planos da Prefeitura de Roma de remodelar a região antiga da cidade para dar uma “melhor perspectiva do visual da Roma Antiga”, os planos previam a reconstrução das partes que faltam da muralha exterior do Coliseu, o que causou muitos protestos na Itália. Muitos acadêmicos dizem estar “indignados” com a idéia de transformar o centro de Roma no que eles temem que se torne um “parque temático de arqueologia”. Fonte: www.misteriosantigos.com Coliseu de Roma Maior e mais famoso símbolo do Império Romano, o Coliseu era um enorme anfiteatro reservado para combates entre gladiadores ou opondo esses guerreiros contra animais selvagens. Suntuoso, era mais confortável do que muitos estádios modernos. Sua construção foi iniciada no ano 72 d.C., por ordem do imperador Flávio Vespasiano, que decidiu erguê-lo no local de um antigo palácio de Nero, seu antecessor no comando do império. As obras levaram oito anos para serem concluídas e, quando tudo ficou pronto, Roma já era governada por Tito, filho de Vespasiano. Para homenagear seu pai, Tito batizou a construção de “Anfiteatro Flaviano”. Alguns historiadores especulam que o nome Coliseu só apareceria centenas de anos depois, talvez no século 11, e teria surgido inspirado no Colosso de Nero, uma estátua de bronze de 35 metros de altura, que ficava ao lado do anfiteatro. Os primeiros combates disputados para comemorar a conclusão do Coliseu duraram cerca de 100 dias e se estima que, só nesse período, centenas de gladiadores e cerca de 5 mil animais ferozes tombaram mortos em sua arena de 85 por 53 metros. Os jogos levavam o público ao delírio. Suas arquibancadas, construídas a partir de 3 metros do solo, acomodavam mais de 50 mil pessoas. Um camarote bem próximo à arena era destinado ao imperador de Roma, que era reverenciado pelos gladiadores antes dos espetáculos com uma saudação que se tornaria famosa: “Salve, César! Aqueles que vão morrer te saúdam”. O anfiteatro, o primeiro permanente erguido em Roma, funcionou como o principal palco de lutas da cidade até o ano 404, quando o imperador Flávio Honório proibiu definitivamente os combates entre gladiadores. Depois disso, o Coliseu teve diversos usos. Chegou a ser empregado como cenário para simulações de batalhas navais, ocasiões em que a área ocupada pela arena era alagada. Durante a Idade Média, o mármore e o bronze de sua estrutura foram sendo saqueados aos poucos e usados para ornamentar igrejas e monumentos católicos. Peças de mármore do anfiteatro foram empregadas até na construção da famosa Basílica de São Pedro, no Vaticano. Já no século 11, quando Roma era dominada por uma família de barões, o Coliseu foi transformado em uma fortaleza, abrigando membros de uma família nobre, os Frangipane, que usaram a edificação para proteger-se em suas batalhas contra grupos rivais. Hoje, apesar de estar em ruínas – e até sob a ameaça de desabamento – o Coliseu ainda guarda sua majestade. Localizado bem no centro da capital italiana, rodeado por avenidas, ele é considerado o principal sítio arqueológico da cidade e recebe, anualmente, mais de 3 milhões de visitantes, que circulam dentro dele para sentir um pouco o clima do mais grandioso anfiteatro da Antiguidade. O anfiteatro resistente… Construção sobreviveu ao tempo, a saques e grandes terremotos 1 – Reforma constante: As primeiras escavações arqueológicas no Coliseu aconteceram no final do século 18. A partir daí, diversas restaurações foram feitas para preservá-lo. A última terminou em 2000, após recuperar a face externa dos arcos de mármore 2 – Arena gigante: O Coliseu tem 48,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 12 a 15 andares. Com forma elíptica, ele mede 189 metros no maior de seus eixos e 156 metros no menor. Ninguém sabe ao certo qual arquiteto o projetou 3 – Corredores preservados: Entre as ruínas ainda dá para identificar os corredores que levavam às arquibancadas. Eles foram projetados para criar acessos exclusivos para as diferentes classes sociais da época. Amplos, permitiam que os 50 mil espectadores ocupassem ou deixassem seus lugares em poucos minutos 4 – Material de primeira: Mais de 100 mil metros cúbicos de mármore travertino (de cor clara) foram usados na construção do estádio, principalmente no revestimento da fachada exterior. Mas esse material foi pilhado ao longo dos séculos, restando pouco dele no Coliseu. Tijolos, blocos de tufa (uma espécie de pedra vulcânica) e concreto também ajudaram a erguer o anfiteatro 5 – Ameaça natural: Desde a sua construção, no século 1, vários terremotos destruíram o Coliseu. Os historiadores estimam que o primeiro grande tremor aconteceu entre os anos 523 e 526. Na primeira metade do século 9, outro terremoto destruiu as colunas do piso superior e, em 1231, um forte abalo derrubou parte da fachada externa 6 – Labirinto de ruínas: O subsolo do Coliseu só foi escavado há pouco mais de um século. Ele ficava abaixo da arena de lutas e tinha uma cobertura de madeira sobre a qual era despejada areia. Nessa intricada rede de corredores, salas, elevadores e jaulas ficavam os gladiadores e as feras antes de entrarem em cena. …E o verdadeiro coliseu No tempo dos jogos, o estádio tinha toldo retrátil, feras e gladiadores 1 – Tribuna vip: Uma entrada exclusiva dava acesso ao camarote destinado ao imperador romano e seus convidados. Essa tribuna especial ficava num ponto privilegiado do anfiteatro, bem próximo à arena. O prefeito de Roma também tinha direito a um camarote particular 2 – Fachada monumental: A fachada do anfiteatro impressionava pela riqueza de acabamento. Diferentes estilos de colunas ornavam os vários níveis de piso: as dóricas ficavam no térreo, as jônicas no primeiro andar e as coríntias no segundo. Cada um desses pisos tinha 80 arcos, com cerca de 7 metros de altura cada. A fachada ainda era decorada com centenas de estátuas de bronze 3 –   Coliseu de Roma   Arena da morte: No início, os gladiadores que lutavam nos jogos eram soldados em treinamento. Com o tempo, escravos, criminosos ou prisioneiros de guerra assumiram esse papel. Eles se enfrentavam com lanças, espadas, tridentes, redes e escudos. Mais de 10 mil gladiadores morreram em três séculos de combates, duelando entre si ou enfrentando animais ferozes 4 – O caminho das feras: Os animais usados nos espetáculos – principalmente leões trazidos das colônias romanas na África – percorriam um intricado caminho do subsolo até a arena. Primeiro, eles eram levados para pequenas jaulas, que eram suspensas (num elevador rudimentar) até um corredor. De lá as feras subiam alguns lances de escada para, finalmente, surgirem na arena de combate pela abertura de um alçapão 5 – Polêmica cristã: Não há consenso entre os historiadores se o Coliseu foi usado para sacrifícios de cristãos quando estes eram perseguidos pelos romanos. Essa versão foi sustentada pela Igreja Católica, mas não há provas conclusivas de que os martírios de fato aconteceram no anfiteatro 6 – Proteção solar: As coberturas retráteis, que podem ser abertas ou fechadas, parecem coisas dos tempos modernos. Mas nos seus dias de glória o Coliseu já teve um sistema parecido. No topo do estádio, preso a 240 mastros, estendia-se um enorme toldo retrátil, que podia proteger os espectadores do sol. A arena, no entanto, nunca ficava sombreada 7 – Arquibancada dividida: As apresentações de luta no Coliseu eram gratuitas.As dezenas de milhares de espectadores se dividiam nas arquibancadas em cinco diferentes setores conforme sua posição social. Enquanto os senadores de Roma sentavam bem próximos da arena de combate, as pessoas de baixa renda, por exemplo, ficavam no último piso do estádio Fonte: mundoestranho.abril.com.br Coliseu de Roma Coliseu de Roma O Coliseu é uma das principais atrações da Itália. No passado era uma arena de “jogos”, usada na época do Império Romano. Muitos destes jogos eram violentos combates mortais entre escravos e gladiadores. A capacidade do Coliseu era de até 50.000 espectadores. A construção iniciou-se em torno do ano 70 d.C e levou cerca de 10 anos para ser finalizada. Fonte: hotel-turismo-guia.com Coliseu de Roma Fotos 
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